Neste dia 18 de junho é comemorado no Brasil o Dia da Imigração Japonesa. Em Florianópolis há diversas etnias e uma delas também presente é a dos japoneses.
Para mostrar a importância desse dia histórico a Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude e a Fundação Cultural Franklin Cascaes homenageiam este povo.
Os imigrantes chegaram ao Brasil aportando o navio Kasato Maru no porto de Santos, no dia 18 de junho de 1908, com 761 imigrantes japoneses que vieram trabalhar nas fazendas de café no interior de São Paulo.
Em Santa Catarina, os japoneses começaram a formar colônias agrícolas a partir de 1961, buscando um lugar para se fixarem e viverem do cultivo da terra. As famílias se estabeleceram em sete colônias nipônicas, nos municípios de Curitibanos, Frei Rogério, São Joaquim, Lages, Joinville, Caçador e Florianópolis.
Cultivo de frutas
O trabalho desses imigrantes se deu no plantio da nectarina e flores, até investirem no desenvolvimento da cultura da maçã. Graças ao clima da região de Curitibanos e São Joaquim, conseguiram sucesso com variedades, tal como a maçã Fujie kiwi de qualidade que nada fica a dever às frutas de padrão internacional.
Outras culturas foram se sucedendo tais como o alho e frutas de clima temperado como a pêra japonesa – Nashi.
Com o passar do tempo, outras famílias japonesas foram se estabelecendo em outras regiões do estado, inclusive nas cidades.
O imigrante Takashi Chonan desenvolveu uma nova espécie de alho que possibilita 5000 empregos diretos em Curitibanos e hoje se espalhou pelo Brasil. Pioneiramente estão instalando vinícolas no oeste do nosso estado.
Há oito famílias de sobreviventes da bomba atômica de Nagasaki instaladas em Frei Rogério que em todos os anos, em 9 de agosto, sob a liderança de KazumiOgawa, realizam uma cerimônia em prol da Paz.

Japoneses trouxeram a rede de cerco | Foto Acervo Família Oda
Rede de cerco
Já em Florianópolis, os japoneses começam a chegar na década de 1950, como o japonês Noboro Oda responsável por trazer a primeira rede de cerco para a Ilha de Santa Catarina, precisamente na região da Armação do Pântano do Sul, sendo Osvaldo Francisco da Silva (Seu Canduca, como o chamavam), um dos primeiros pescadores a ter essa nova ferramenta de pesca artesanal.
Foi essa forma diferenciada de pescar que promoveu a geração de renda e a economia do nosso município.
Hoje temos a associação Nipocultura que realiza todos os anos, eventos como o Hana Matsuri, o Machitsuki e Imen Matsuri, que acontecem no Centro da cidade com homenagens aos japoneses e seus descendentes. Neste ano, por conta da pandemia, o evento não será realizado.
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