O zagueiro Betão, capitão do Avaí, surpreendeu ao revelar que foi contaminado pelo coronavírus, contou como foi a experiência e deu detalhes da sua volta às atividades, na academia do clube, na Ressacada. A informação foi repassada durante entrevista ao programa Debate Diário, na rádio CBN/Diário, de Florianópolis.
Betão contou que no dia 12 de março recebeu a visita de um amigo de São Paulo. Ele e sua esposa e o amigo passaram a tarde em Florianópolis tratando de um negócio.
No final do dia o amigo voltou para casa e no dia 20 de março ligou informando de que estava infectado.
Betão fez o exame, confirmou o contágio mas não passou por nenhum problema. Manteve-se isolado em casa e mesmo com a doença conseguiu fazer os treinamentos programados pelo Avaí em sua casa.
“O meu teste deu positivo que já tive contato com o vírus, mas não está ativo. Ou seja, tive contato, mas não estou mais com ele. Quando fiz os exames, religuei a história. Aquela vez que meu amigo veio, acabei me contaminando e deu positivo. Quando esse amigo ligou confirmando que foi testado positivo, você já pensa o pior. Mas lá em casa nem minha esposa e nem meus filhos tiveram sintomas”, detalhou o capitão avaiano.

Capitão Betão durante jogo na Ressacada em 2019 | Foto André Palma Ribeiro/AFC
Betão contou que depois da partida contra o Concórdia (em 15 de março) ele sentiu dor de cabeça e febre. Comunicou o Dr. Luís Fernando Funchal, chefe do Departamento Médico do Avaí, que determinou o isolamento.
“Fiquei uns 30 dias em casa direto, para não propagar mais o vírus. Fiquei uns dias dormindo em outro quarto, vivia o dia normal em casa, com aulas das crianças, mas na hora de dormir eu ia para um quarto isolado, mas sem saber que era corona, ainda achava que era uma gripe”, contou.
Betão foi procurado pela Vigilância Sanitária de Florianópolis que realizou o protocolo para situações com esta.
“Fizeram um questionário imenso comigo, entraram em contato com minha esposa e irão marcar um dia para quem sabe fazerem os testes nela e nos meus filhos. Mas como foi em março, e ninguém teve reação nenhuma, deve ser o mesmo caso que o meu”, completou.
Após os testes realizados com todos os jogadores, o Avaí retomou as atividades na Ressacada, mas apenas na academia em função de a prefeitura da Capital não ter autorizado os treinamentos de campo.
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