O Governo de Santa Catarina prorrogou e flexibilizou a quarentena adotada para minimizar o contágio do novo coronavírus. Um novo decreto, a ser publicado até este domingo, dia 12, trará a relação de atividades que permanecem suspensas ou autorizadas no estado.
Em entrevista coletiva online neste sábado, o governador Carlos Moisés antecipou que, a partir de segunda-feira, dia 13, haverá a liberação da atividade para hotéis, pousadas e similares, comércio de rua e restaurantes apenas para a retirada do alimento, sem permanência no local. Essas atividades terão regras específicas e, de acordo com o governador, estarão sob forte fiscalização.
O governador reforçou que a análise diária dos dados de saúde podem determinar o fechamento de atividades a qualquer momento. Ele também aproveitou a Páscoa para pedir união dos catarinenses e que a liberação de atividades é em caráter provisório. “Espero que as famílias estejam protegidas. É um momento de reflexão para que possamos, de fato, ressuscitar a esperança dos catarinenses. Desejo que a Páscoa traga união para que passemos por isso, saiamos melhores do que entramos”, declarou.
Ele frisou que continuarão proibidas até 30 de abril a abertura de centros comerciais, shoppings e galerias, assim como o transporte coletivo e a permanência de pessoas em restaurantes, bares, cafés e lanchonetes.
Já os eventos, reuniões de qualquer natureza, como aulas presenciais, cursos, missas e cultos, eventos do calendário esportivo da Fesporte, permanência de pessoas em espaços públicos, atividades como cinema, teatro, shows, casas noturnas e similares tiveram a proibição estendida até o dia 31 de maio.
“Essas medidas restritivas estão sendo mantidas porque são atividades de alta possibilidade de contágio”, afirmou o governador Carlos Moisés. De acordo com ele, todas as decisões são baseadas no acompanhamento diário de dados como número de casos, mortes e a projeção para os dias seguintes.
“Estamos em guerra contra um inimigo poderoso e invisível. É papel do Estado coordenar para que os danos sejam os menores possíveis, mas também contamos com o cidadão para se prevenir e fiscalizar, porque todos nós seremos atingidos de alguma forma por este vírus”, expôs o governador, transferindo para o cidadão a responsabilidade sobre o distanciamento social.
Provisoriamente, a polícia segue com autoridade sobre a vigilância sanitária. “As forças policiais estarão autorizadas a atuar na área de fiscalização de vigilância sanitária. Haverá possibilidade de multa e fechamento do estabelecimento em caso de descumprimento. Os municípios que observarem índices de contaminação mais elevados poderão impor regras mais restritivas e nós vamos apoiar”, afirmou Carlos Moisés. A União e os municípios terão autonomia para decidir sobre o funcionamento do atendimento à população dos serviços públicos de que são responsáveis.
Também participaram da entrevista coletiva online o chefe da Casa Civil, Douglas Borba, os secretários Helton de Souza Zeferino (Saúde) e Paulo Eli (Fazenda) e o procurador-geral do Estado, Alisson de Bom de Souza.
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