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Delegada esclarece abandono de recém nascida em Joinville e diz “não ser crime”

Foto: Reprodução

Por: Tanara Fagundes

23/01/2020 - 09:01 - Atualizada em: 23/01/2020 - 09:36

A Polícia Civil deu como encerrado o caso da mãe que deixou uma bebê em uma maternidade de Joinville na noite de segunda-feira (20).

Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (22), a delegada Georgia Bastos, da Dpcami (Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso), afirmou que a conduta não pode ser enquadrada como criminosa.

“Não é um crime, é um fato atípico porque essa mulher não expôs a criança a nenhum perigo. Ela teve o cuidado de deixá-la na maternidade e disse, em depoimento, que fez isso para garantir a saúde da criança”, explicou a delegada.

Segundo a delegada Débora Mariani Jardim, também da Dpcami, foram ouvidas enfermeiras da maternidade, testemunhas e analisadas imagens das câmeras de monitoramento da unidade hospitalar. A mãe da bebê se apresentou à polícia na noite de terça-feira (21), por volta das 22h, e prestou depoimento na manhã desta quarta-feira.

As delegadas ressaltaram ainda que a mulher foi muito colaborativa e demonstrou arrependimento por ter deixado a bebê na maternidade.

“Ela se arrependeu e, por isso, veio até aqui, se apresentou no sentido de poder reaver essa criança. Ela contou que deixou por medo, por vergonha dos familiares. Durante os nove meses, ela passou pela gravidez em silêncio, deu à luz sozinha, sem o apoio de ninguém”, disse a delegada Georgia.

Além do depoimento, a mulher foi submetida ao teste de DNA para confrontação com o material genético da bebê. Ela também foi atendida por um médico e encaminhada à psicóloga policial.

Ainda segundo as delegadas, o parto aconteceu na própria casa da mulher que, na sequência, a levou para a maternidade.

“Ela entrou no quarto, deixou o ventilador e o ar condicionado ligados fazendo barulho. Ninguém da casa percebeu a movimentação”, esclareceu. A polícia considera ainda uma possível depressão pós-parto.

A criança está sob a tutela do Estado e o caso será encaminhado à Vara da Infância e Juventude. A mãe manifestou o desejo de ficar com a criança ,que já está em tramitação para ser colocada para adoção.

*Com informações da ND Mais

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Tanara Fagundes

Jornalista.