As vítimas de violência doméstica têm um lugar para serem acolhidas em Guaramirim. A Casa da Mulher é mantida pela Comunidade Batista Vida Nova. Além de um abrigo, as mulheres também recebem auxílio psicológico, jurídico e social.
O pastor Rudi Sano conta que a ideia surgiu após observar a escalada da violência doméstica em Guaramirim e no Estado. Ele explica que as mulheres não sofrem apenas com os feminicídios, mas também com agressões físicas e psicológicas cometidas pelos companheiros no ambiente familiar.
“Muitas das mulheres vítimas de violência doméstica não estão no mercado de trabalho. Há uma lei no Estado que obriga as empresas a destinarem 15% das vagas a mulheres vítimas de violência doméstica. Além de abrigar essas mulheres, nós fazemos currículos e buscamos inseri-las em um emprego”, comenta Sano.
Outra questão que agrava o problema da violência doméstica é o fato de muitas mulheres não terem família na região. Isso torna as vítimas ainda mais dependentes dos companheiros. Sem nenhuma perspectiva para se sustentar, elas acabam aceitando a violência cometida pelos maridos.
“Não tendo essa independência financeira, elas acabam, pelos filhos, se submetendo a um ambiente de violência”, destaca o pastor, ao comentar que os companheiros acabam reincidindo nas agressões com o passar do tempo.
Famílias acolhidas
O abrigo foi aberto no mês de setembro e, hoje, recebe uma mulher com três filhos. Rudi ressalta que o espaço já chegou a acolher quatro mulheres vítimas de violência e nove crianças. A alimentação e os custos do local são financiados pela igreja e com doações da comunidade.
As portas de entrada para receber as vítimas de violência são as polícias Civil, Militar, o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e o Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas). Toda a mudança da família, inclusive os filhos de escola, é feita pelo abrigo.
“A gente também dá assessoria para mulheres que têm onde morar e que enfrentam essa questão da violência doméstica. Nós temos um grupo de mulheres denominado As Valentes que se reúne uma vez por mês para discutir o tema e para trazer soluções para a defesa e busca de direitos”, explica.
Além da comunidade, empresas da região também colaboram com o projeto. Doações podem ser feitas por meio dos telefones (47) 9 8498-0784 (Rudi Sano) e o (47) 9 8900-7915 (Jaqueline).
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