Jaraguá do Sul segue como um importante polo de desenvolvimento tecnológico aplicado.
O ambiente acadêmico não é exceção: incubada na JaraguaTec, a Top Service, empresa que trabalha com manutenção, automação e restauração de maquinário – incluindo recuperação de peças que não são mais fabricadas – inova na junção de peças metálicas para galpões pré-moldados.
Durante a semana, os três sócios da empresa, Marcelo Blind, Michael Niemann e Elianai Matias realizavam os últimos testes em uma máquina de “clinch” feita a pedido de uma empresa de galpões pré-moldados.
O chamado “clinching” é uma forma junção de peças similar a rebitagem, que dispensa o uso de rebites separados: o próprio material a ser unido serve como rebite.

Processo dispensa uso de rebites | Foto Pedro Leal/OCP News
Segundo Blind, o processo permite a produção das peças até oito vezes mais rápido do que o atualmente usado, com solda.
“Nosso cliente produz cerca de 300 destas peças por dia, com solda, o que resulta em um retrabalho muito grande com a limpeza das sobras de solda. Com o clinch, essas 300 peças podem ser feitas em uma hora”, conta.
Outras novidades
A prensa hidrostática de clinching não é a única novidade na empresa em processo de incubação, conta Niemann. “Estamos firmando uma parceria com a chinesa TJK para entrada dela no mercado Brasileiro, e ela tem demonstrado forte interesse na região”, conta.
Sediada em Beijing, a empresa é a maior fabricante de maquinário para produção de cabos e vigas metálicas da China.
Blind frisa que as duas empreitadas não seriam possíveis sem a incubadora tecnológica mantida pela Católica de SC. “Nada disso seria viável sem o JaraguaTec, que nos permitiu não só o ambiente mas os conhecimentos para por isso em prática”, diz.
O coordenador da incubadora, Victor Danich, frisa que projetos como o da Top Service reforçam o papel da academia como força motriz para o empreendedorismo.
“É a transição da universidade educadora para a universidade empreendedora, passando o conhecimento teórico passado aos acadêmicos para a prática e o mercado”, explica.
“E sem isso, nunca teriamos chegado tão longe”, complementa Niemann.
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