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Jaraguá do Sul perde 81 postos de trabalho formais em novembro

Por: Pedro Leal

28/12/2017 - 05:12 - Atualizada em: 29/12/2017 - 07:34

Pelo segundo mês consecutivo, Jaraguá do Sul teve saldo negativo na geração de empregos. Segundo os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o município perdeu 81 postos formais de emprego em novembro, após perder oito postos em outubro. Este foi o terceiro mês de retração no ano: em maio, foram 113 postos a menos. Embora negativo, o saldo não cancela o resultado positivo anual: de janeiro a novembro, o município gerou 1.963 postos de trabalho.

Os números nesses 11 meses recuperam o saldo negativo de 1.430 postos em dezembro passado. Embora tímido, o resultado inverte o padrão negativo do período nos dois anos anteriores – com perda de 2.493 postos em 2016 e de 1.582 em 2015. Em 2014, o saldo havia sido positivo, com 2.200 admissões, resultado 35% inferior ao de 2013, período pré-crise econômica, com 3.374 postos.

O resultado do mês de novembro é a diferença entre 1,5 mil admissões e 1.581 demissões no município. Guaramirim teve saldo positivo de 31 vagas e Massaranduba criou 18 postos de trabalho. Já Schroeder e Corupá tiveram resultados negativos: sete postos perdidos em Corupá e oito em Schroeder.

Apesar da perda real de postos de trabalho em novembro, o resultado é superior ao mesmo mês do ano passado, que teve saldos negativos em todos os municípios da região, e mostra reação no mercado de trabalho formal. Em novembro de 2016, Jaraguá do Sul perdeu 304 postos de trabalho; Guaramirim, 78; Corupá perdeu 26; Schroeder,16 e Massaranduba, 15.

INDÚSTRIA LIDERA PERDA DE VAGAS EM TODO PAÍS

Com 695 desligamentos no mês, contra 517 admissões, a indústria de transformação liderou a perda de postos de trabalho formais em Jaraguá do Sul, com saldo negativo de 178. No mesmo mês do ano passado, o setor havia perdido 228 empregos. O setor também teve saldo negativo no estado, de 1.400 postos, e no país, de 29.002 postos.

Na contramão, comércio abriu 66 postos trabalho formais em Jaraguá do Sul, o setor de serviços abriu sete, a construção civil, 10 postos e a agropecuária, com o menor crescimento nominal, três vagas.

Nas outras cidades da região, a indústria de transformação também apresentou saldos negativos: Guaramirim perdeu 28 vagas, Corupá fechou 10 postos, Schroeder reduziu o setor em 11 cargos. Massaranduba foi o único município a destoar deste padrão, com 92 admissões e 71 demissões, encerrando o mês com saldo positivo de 21 postos no setor.

SANTA CATARINA É SEGUNDO ESTADO EM GERAÇÃO DE EMPREGOS

Contrariando a tendência negativa do mês, Santa Catarina demonstrou crescimento em novembro, com saldo positivo de 4.995 vagas. O estado foi o vice-líder na geração de emprego formal, atrás apenas do Rio Grande do Sul com 8,7 mil postos e na frente do Rio de Janeiro com 3.038 vagas.

Foram 73.038 admissões e 68.043 desligamentos no mês, com acumulado de 21.716 postos de trabalho abertos desde novembro passado. O bom resultado foi puxado pela expansão do comércio (5.090 postos), dos serviços (1.592) e da agropecuária (908).

Desde o começo do ano, a variação de empregos formais no estado foi de 49.058 para cima. Em comparação, no mesmo período do ano passado, o estado perdeu 6.677 postos, 1.013 apenas no mês de novembro.

A NÍVEL NACIONAL, PERDEM-SE 12.292 VAGAS

Após oito meses consecutivos de resultados positivos, novembro fechou saldo negativo a nível nacional, com 12.292 postos de trabalho fechados. Foram 1.111.798 admissões contra 1.124.090 demissões. O resultado é mais positivo do que o visto em novembro passado, com saldo negativo de 116.747 vagas, 849% de perda a mais. Desde janeiro, o acumulado do ano segue positivo, com 205.110 vagas. No entanto, no acumulado dos últimos doze meses, o resultado é negativo: 374.003 postos. Segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, novembro é um mês com tendência negativa para a geração de empregos. O ministro faz questão de ressaltar que isso não significa que o processo de retomada do crescimento econômico tenha sido interrompido. A nível nacional, a indústria de transformação teve o pior saldo, com perda de 29.006 vagas. O saldo mais positivo foi do comércio: 68.602 vagas.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).