Sabe aquelas pessoas que fazem a diferença na comunidade em que vivem? Pois é, uma adolescente de Joinville tem sido este tipo de gente. Em meio aos estudos para os temidos Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e do vestibular, Maria Alice Machado, 16 anos, tem dedicado parte do seu tempo para ajudar ao próximo.
Após conhecer a realidade de mulheres vítimas de violência doméstica em Joinville, a jovem criou um projeto para ajudar a libertar estas vítimas da dependência financeira de seus agressores.
Junto com a direção da escola em que estuda, ela desenvolveu o Todos por Elas que, um projeto vai proporcionar workshops e bolsas de estudo para qualificar as mulheres em situação de vulnerabilidade.
“No ano passado, minha turma se envolveu com um projeto social. Os alunos foram convidados a conhecer a Dpcami (Delegacia de Proteção à Criança Adolescente Mulher e Idoso) de Joinville. Depois disso, junto a outros alunos do Colégio Positivo de Joinville, os o grupo decidiu ajudar, promovendo a revitalização daqueles espaços”, conta a menina.
Os voluntários pintaram as paredes da delegacia de polícia e promoveram ações para deixar aquele ambiente mais acolhedor. Mas isso não bastou para Maria Alice. A menina sentiu a necessidade de fazer mais.
“Conversando com as vítimas e profissionais que as atendem, identifiquei que, muitas vezes, estas mulheres não consegues se separar dos agressores por questões financeiras. Daí surgiu a ideia de promover qualificação a elas”, explica Maira Alice.
Todos por Elas
O projeto começou a ganhar força. A adolescente apresentou a proposta à direção da escola e da delegacia e agora, depois de uma somatória de esforços, começa a sair do papel.
O evento piloto acontecerá no dia sábado (24), no Colégio Positivo Joinville, e irá contar com uma roda de conversa e mini workshops promovidos por profissionais voluntários de empresas parceiras. Para esta edição, o público participante já foi selecionado.
As mulheres terão aulas práticas de gastronomia, estética corporal, maquiagem e manicure, dando uma percepção de profissionalização visando recolocação no mercado de trabalho.
“Este é um segundo momento do projeto. Criar um banco de dados destas mulheres, já qualificadas e apresentar a parceiros futuros, como Acij, CDL, Ajorpeme, e realocamos estas pessoas no mercado de trabalho, e até mesmo auxiliar a empreender para que essas tenham independência financeira”, acrescenta Maria.
Maria Alice não sabe ao certo qual rumo profissional vai seguir, qual graduação vai cursar, mas uma coisa certa, esta paixão em ajudar as pessoas, em transformar a realidade norteará seu futuro profissional e pessoal.
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