A torcida do Figueirense corre o risco de não ver o seu time entrar em campo na partida contra o Vitória, marcada para esta terça-feira (30), no estádio Orlando Scarpelli, às 19h15min, pela 13ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Os atrasos de salários e as promessas não cumpridas pelo presidente Claudio Honigman deixaram os jogadores insatisfeitos.
Assim como aconteceu na semana passada, quando os atletas ficaram dois dias sem treinar em protesto pela situação, neste domingo (29) eles também não trabalharam no Centro de Treinamento do Cambirela. De acordo com a programação, há um treino marcado para a tarde desta segunda-feira (29) e não é certo de que os jogadores entrem em campo.
No sábado (27), logo após o empate contra o Criciúma em 1×1 no estádio Heriberto Hülse, o técnico Hemerson Maria expôs a situação do clube e antecipou a ameaça dos jogadores.

Técnico Hemerson Maria expôs a situação critica do clube | Foto Patrick Floriani/Figueirense FC
“Amanhã (domingo) não vai ter o treino. O nível de irritação já passou do limite. Ninguém tem mais paciência. Quando passamos dificuldade no futebol há o respeito. Mas falta o olho no olho. O Figueirense é um clube desunido em várias áreas Os jogadores estão ameaçando não entrar em campo na terça-feira contra o Vitória”, disparou o técnico no sábado (27).
Maria também contou sobre os problemas internos pelos quais o clube passa, mesmo sabendo de que sua fala acaba expondo a crise externamente.
“Nós estamos com dois salários de imagem e um de carteira atrasados. No futebol pode ser normal, mas ali há situações delicadas. Faltou ônibus para levar os atletas da base do CFT. Faria um trabalho 10 contra 10 e contava com eles, mas os meninos não chegaram. Nós, do profissional, mandamos Uber buscar os meninos no Scarpelli para o treino. Eu até exponho o clube ao ridículo, mas isso acontece”, revelou Hemerson Maria.

Hemerson Maria revelou os problemas internos do clube | Foto Figueirense FC/Divulgação
O treinador critica a falta de compromisso da direção com os jogadores.
“Jamais passei por isso na minha carreira. Tive apenas uma pequena dificuldade no Avaí, atraso também, mas sempre tinha o diálogo com o doutor Zunino e o Julio Rondinelli, o canal era aberto com a diretoria. Eu me sinto envergonhado. Agora, falam que não foi pago por conta de bloqueio. Mas foi prometido que seria pago, mesmo com bloqueio”, contou Hemerson Maria.
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