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Loja de roupas cria peças exclusivas usando sobras de tecido em Jaraguá do Sul

Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Pedro Leal

24/07/2019 - 05:07

A economia sustentável está em alta – assim como a chamada economia colaborativa – e em Jaraguá do Sul, as duas coisas se encontraram no empreendimento das irmãs empresárias Alexandra e Gracieli Schiochet.

No espaço, produtos produzidos de forma artesanal e sustentável, feitos com sobras de tecido de tecelagens e de outros produtores. Sobras de material para calças, camisas e outras peças viram amarradores, bolsas e peças, dando nova vida ao “resto”.

“Para muitas pessoas,  moda não se trata só de vestir uma roupa, não dá para ficar sem pensar no que você está consumindo. Esta ‘fast fashion’ não é a única forma”, explica Alexandra. Segundo ela, há espaço para uma produção diferenciada, voltada para um público que quer saber de onde vem os seus produtos.

“Tudo que vendemos aqui é feito por nós ou por outras lojas parceiras na economia colaborativa, só os calçados que ainda são comprados de fornecedores pois ainda não temos um parceiro neste sentido”, explica Greicieli. Alem da própria loja, produtos das irmãs são vendidos também em lojas de Blumenau e Piçarras.

Foto Eduardo Montecino/OCP News

A dupla trabalha com o Banco de Tecido, organização de São Paulo que ajuda produtores independentes a comprar tecidos, assim como com tecido que seria descartado de tecelagens. “Temos por exemplo bolsas que são feitas com restos de material da produção de calças jeans, que não serviriam para a indústria, mas que ainda podem ser reaproveitadas”, conta Greicieli.

Produção atende publico diferente

Elas frisam que não é uma competição com a indústria tradicional. “As pessoas conhecem bem o potencial de Jaraguá do Sul na indústria, mas muitas vezes desconhecem tudo que se faz aqui de forma colaborativa, até ligado a estas indústrias”, conta Alexandra.

Atualmente, as irmãs estão buscando parcerias em Schroeder, tanto para vender as suas produções, quanto para ampliar o rol de produtos da loja. “Isto é um outro foco que temos, valorizar o que tem na região, dar foco para a nossa produção regional, tem muita coisa que é feita aqui e as pessoas não sabem”, diz Greicili.

De olho na sustentabilidade e na preservação ambiental, o próximo passo é trabalhar com eco-fibra sustentável, além do material reaproveitado da indústria. Também pensando no ambiente, a loja vende suas próprias sacolas reaproveitáveis – e para estimular o seu uso, oferece descontos para o consumidor que vier com a sacola de tecido.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).