Chegou ao fim a 2ª edição do Festival de Cinema de Jaraguá do Sul realizado no pequeno teatro da Sociedade Cultura Artística (SCAR), na noite neste sábado (18). Em três dias de evento, os amantes da Sétima Arte acompanharam a exibição de 75 filmes gravados no Brasil, América do Sul e Europa dentro da mostra competitiva.
Com o objetivo de promover a cultura e o audiovisual no município, Jaraguá do Sul, está aos poucos, se destacando no mercado cinematográfico e os números comprovam. Em 2018, o festival contou com 270 inscritos. A segunda edição teve 370 filmes de todos os gêneros inscritos, ou seja, um aumento de 40% em relação à primeira edição.
Apesar das dificuldades de se produzir cinema independente no Brasil, por não contar com o apoio das grandes indústrias cinematográficas, o idealizador do projeto, Isaac Huna, revela que os filmes deste ano estavam com mais qualidade.
“Houve um aumento na criatividade e ficaram mais interessantes e bem estruturados em relação a roteiro, fotografia e atores”, explica.
Para a terceira edição, a organização tem o objetivo de levar as obras para dentro das escolas. “Vamos trabalhar com o que houve de errado e veicular a cultura para que todos tenham acesso”, enfatiza Issac.
Integrante da comissão organizadora do evento, escritor e consultor da Rede OCP, Nelson Luiz Pereira, também faz um balanço positivo do festival.
” Colocamos mais de mil pessoas nas sessões. Foi lindo ver as salas lotadas e o desafio continua no próximo ano de continuar fazendo cinema independente. Estamos sentido que já faz parte do calendário da cidade”, comemora Pereira.
Entre os vencedores da Mostra Competitiva, está o filme “SP: Crônicas de uma cidade real“, do diretor Élder Fraga que recebeu o troféu de melhor direção e melhor longa-metragem.
O filme já foi premiado 11 vezes e esteve presente em eventos fora do país como Los Angeles e na 5ª edição do International Action Film Festival, que ocorreu em Sevilha, na Espanha.
“Estar em Jaraguá do Sul e ganhar em duas categorias é muito gratificante. A cidade tem muito a crescer se começar a investir no polo cinematográfico”, salienta Fraga.

Diretor Élder Fraga nos bastidores do Longa Metragem | Foto Divulgação
O Longa Metragem é uma coleção de cinco histórias intensas e contrastantes de personagens que vivem na violência da grande São Paulo. O filme levou dois anos para ser finalizado. O elenco reúne nomes de peso como o ator global Júlio Rocha e Luciano Chiroll, que participou do filme “Bruna Surfistinha“.
Oito obras cinematográficas de Santa Catarina também foram exibidas durante o Festival, sendo o filme “A menina que Construía barcos“, do diretor Glauco Wiltenburg, o grande vencedor da categoria de melhor média-metragem.
“Receber um prêmio é sempre um grande reconhecimento da luta árdua que é ser artista no Brasil. Uma emoção que não cabe no peito. Nesses momentos a gente toma fôlego e pensa: Estou no caminho certo”, comemora Wiltenburg

Maycom Mota (diretor de fotografia), Carla Elgert (atriz) e Glauco Wiltenburg (ator, produtor e roteirista) nos bastidores das gravações em Navegantes. Sc
Confira os filmes premiados
Melhor Direção e Longa-metragem
- “SP: Crônicas de uma cidade real”, do diretor Élder Fraga.
Melhor meia-metragem
- “A menina que construía barcos”, do diretor Glauco Wiltenburg.
Menção Honrosa – Curta-Metragem
- “Duas Cerejas”, do diretor de fotografia Tomires Ribeiro
- “BID”, do produtor Müller Barone
Melhor Figurino
- “Cavalgada dos justos”, do diretor Alex Pizano.
Melhor direção de Arte
- “Ludibrium”, do diretor Gleison Mota.
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