A criança do Núcleo de Educação Infantil Municipal Paulo Michels, no Sapé, já sabem: todas as terça-feiras, a partir das 9 horas, o som da sanfona invade o espaço contagiando a todos. É a professora Sueli Terezinha de Abreu, que atua na unidade como supervisora.
Ela e a direção do Neim inauguraram o projeto “Ciranda musical sanfonada”. No repertório, cantigas de roda e de folclores da Alemanha, Itália, Portugal. “Toco de tudo, até ópera”, diz.
Sueli é autodidata. Aprendeu aos 10 anos a lidar com o instrumento formado por duas caixas retangulares em posição vertical que estão ligadas por um fole de cartão plissado.

O acesso dos pequenos ao instrumento desperta curiosidade | Foto PMF/Divulgação
O som é emitido pela vibração da passagem do ar por intermédio do movimento do fole e pelas palhetas, acionadas quando as teclas são pressionadas. O acesso dos pequenos ao instrumento desperta curiosidade. “Os olhinhos deles ficam bem atentos e batem palmas”, confessa Sueli.
“A música está na minha genética familiar”, ressalta. O avô materno dela, Carlos Soares, era maestro. A avó, Olavina Soares, cavaquista. A mãe dela, Clara Maria Soares, além de professora era violonsita, enquanto o pai, Sezinando, dedicava-se à gaita de boca. O filho de Sueli, Victor Rorato, se aventura nos teclados e no violão.
Para Sueli, 63 anos, a importância desse projeto no núcleo de educação infantil é o enriquecimento cultural através da música. “As crianças vibram, ficam mais alegres. Um estado de paz toma conta da atmosfera”, assinala.

Sueli é autodidata e aprendeu aos 10 anos tocar a sanfona | Foto PMF/Divulgação
O acordeon de Sueli é o diatônico com teclas, igualmente chamado de acordeon piano. Ele apresenta notas diferentes quando se abre e fecha o fole.
Natural de Guarapuava, Paraná, formou-se em Pedagogia em 1979 em Curitiba. Em 2001, veio para Florianópolis, aposentando-se em 2013. Mas, antes, arranjou tempo para cursar Direito.
“Educar através da música é umas maneiras criativas e encantadoras que são colocadas em prática na rede municipal de ensino”, observa o secretário de Educação. “Por isso, incentivamos esse tipo de iniciativa da professora Sueli e direção da Paulo Michels”, complementa Maurício Fernandes Pereira.
Como supervisora substituta no Neim, juntamente com outras profissionais, faz o planejamento pedagógico e auxilia na organização do espaço da unidade educativa. Sempre embalado pelo som da sanfona.
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