Em visita ontem à sede do OCP, onde gravou participação em podcast comandado pelo colunista de economia Pedro Leal, o prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli (MDB), falou sobre diversos temas.
Desde o desempenho dos principais indicadores de seu governo até a avaliação do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e do governador Carlos Moisés (PSL).
O MDB ainda não tomou posicionamento oficial sobre a reforma da Previdência. Para Lunelli, as mudanças são necessárias, porém, é um erro manter privilégios e distinção entre categorias.
“Não pode só o trabalhador pagar a conta. Juízes, promotores, policiais e militares, todos precisam ser atingidos na mesma proporção”, defende o empresário que apesar de enxergar certas polêmicas como desnecessárias acredita que a administração e Bolsonaro pode entregar bons resultados ao país.
“Estávamos em um momento que precisávamos de uma ruptura de modelo. O presidente vai fazer um governo mais de direita, melhorar a relação com países compradores.
O Brasil tem potencial para ser a terceira economia do planeta. Temos que simplificar e facilitar a vida do empreendedor, o que vai gerar emprego e renda aos trabalhadores”. diz
Valorização dinheiro público
Sobre o acirramento político, Lunelli afirma que na democracia é preciso saber dialogar, conversar com os partidos, defender os projetos necessários.
A situação no Estado é um pouco diferente na visão do prefeito. A eleição de Carlos Moisés foi uma surpresa até mesmo para o PSL.
Por isso, o tempo necessário para adaptação e conhecimento da máquina tem sido maior. A demora na revitalização a SC-108, diz Lunelli, é uma prova da falta intimidade com os trâmites.
Apesar disso, o prefeito acredita que com uma equipe técnica competente, Moisés pode ter sucesso. “Mas tem que sair da toca”, aconselha.
Prestando contas
O prefeito Antídio Lunelli entrega ao presidente da Rede OCP News Walter Janssen Neto revista de prestação de contas do seu governo.
O empresário afirma estar orgulhoso dos resultados obtidos “com muito trabalho”, mas acredita que se a burocracia fosse menor poderia entregar mais.
Ele cita como destaques a redução dos custos, a recuperação do crédito, maior controle dos processos e aumento na capacidade de investimento.
Jaraguá isolada
A diminuição do tamanho da fatia do bolo de ICMS para Jaraguá do Sul tem sido uma das maiores preocupações do prefeito Antídio Lunelli.
São pelo menos R$ 100 milhões a menos ao ano nos cofres do município. Sem uma melhora na logística, com a duplicação da BR-280, o prefeito não vê muita saída.
“Estamos ilhados, sem logística. As empresas estão investindo fora daqui”.
No cartório
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou que cartórios de registro civil de todo o país prestem serviços adicionais, como emissão de documento de identificação, passaporte, CPF e carteira de trabalho.
A prática já era comum em vários estados, que tinham convênios entre cartórios e órgãos públicos para melhorar a prestação de atendimento ao cidadão. Aqui na região, a decisão deve agilizar os serviços.
Falando em 100 dias
Na terça-feira , quando fez a avaliação dos 100 dias à frente do governo do Estado, o governador Carlos Moisés demonstrou estar em oposição ao governo federal, de Bolsonaro, quando o assunto é agrotóxico.
Enquanto o Ministério da Agricultura libera uma série de defensivos agrícolas proibidos no exterior, por aqui a intenção é manter o rigor.
Moisés não quer o uso, em Santa Catarina, de produtos vetados em outros países. O controle deverá ser não só sobre o tipo de veneno, mas da quantidade a ser aplicada.
Para ele, o excesso de agrotóxicos é uma das explicações para doenças que se tornaram mais frequentes, especialmente na população mais jovem.
Ainda nada
Depois de quase três meses, a SC-108 segue interditada. O governo do Estado alega dificuldade de caixa e quer que os R$ 3 milhões necessários para fazer a obra venham da Defesa Civil Nacional, que não tem se mostrado muito preocupada com a situação.
Enquanto isso, a comunidade da região sofre.
Sem excelências
Presidente Jair Bolsonaro assinou decreto proibindo o uso, tanto verbal quanto em documentos, das formas de tratamento: Vossa Excelência ou Excelentíssimo; Vossa Senhoria; Vossa Magnificência; doutor; ilustre ou ilustríssimo; digno ou digníssimo; e respeitável.
A intenção é acabar com a distinção na forma como são tratadas as pessoas nos órgãos federais. Está certo.
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