Os pais de um bebê de 6 meses passaram por um susto na manhã da última segunda-feira (25), em um posto de saúde de Jaraguá do Sul. A criança foi levada em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no bairro Boa Vista para tomar duas vacinas, a Pentavalente (PENTA) e contra Poliomielite (VIP).
No entanto, o técnico de enfermagem aplicou uma vacina a mais: contra a Paralisia Infantil (VOP), que só pode ser dada para crianças a partir de um ano.
Segundo a mãe, Juliana Matuszaki, o erro aconteceu por acúmulo de funções. Ela alega que o profissional estava substituindo uma secretária que estava de folga. “Ao mesmo tempo que ele estava atendendo no lugar da menina, o rapaz estava dando as vacinas para os pacientes”, explica.
Juliana relata que até o momento o seu filho não teve nenhuma reação. Porém, está receosa com a dosagem que a criança tomou. “Levei ele imediatamente na pediatra. Ela me disse que a reação pode vir até em 48 horas”, lamenta.
De acordo com a mãe, o seu filho recebeu o medicamento via oral, e por isso, o risco acaba sendo menor. “Meu filho tomou a VOP, que tem os mesmos sintomas da VIP. Esta aplicação ele só poderia tomar aos 15 meses em diante”, explica.
Juliana revela ainda que o técnico de enfermagem não iria aplicar a vacina Pentavalente, que é recomendada para a criança na idade do bebê. Ela conta que se ela não tivesse comentado, o profissional não teria lembrado.
Apesar do transtorno que o erro causou para a família, a dona de casa explica que o técnico foi solícito e avisou mediamente do equívoco. “Eu não culpo ele, e sim a má administração da unidade. Estava uma correria. O que não pode acontecer é acumular funções e deixar os funcionários sobrecarregados”, pontua.
Secretaria de Saúde está monitorando o caso
Segundo a diretora da Secretaria de Saúde, Niura Demarchi dos Santos, o caso já foi encaminhado para Florianópolis e o órgão entrou em contato com a unidade para esclarecer o assunto.
“Realmente houve um equívoco no atendimento e não vamos eximir ninguém da responsabilidade”, esclarece. Um processo administrativo também será aberto para investigar o caso.
Niura revela que o profissional assumiu o erro e, inclusive, conversou com a coordenação pedindo desculpas pelo acidente. “Diante desta situação, nos colocamos à disposição da mãe para acompanhar o estado de saúde do bebê”, salienta.
Unidade está com equipe completa, afirma Prefeitura
A Prefeitura apontou, por meio da assessoria de imprensa, que existe um supervisor de atenção básica que organiza o direcionamento de profissionais em caso de falta, mas apenas das áreas essenciais de atendimento em saúde.
No dia em questão, houve a ausência da recepcionista, uma função administrativa. “Fica mais lento o processo, realmente, mas ninguém é orientado a fazer uma função dupla [em caso de falta]”, destaca Giovane Mazzini, diretor de Comunicação.
Segundo a administração, a unidade do bairro está com equipe completa: dois técnicos de enfermagem, um enfermeiro, um médico, um dentista, um auxiliar de dentista, uma recepcionista e um agente de limpeza.
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