O PSD, partido do atual governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, quer continuar a administrar o Estado. Para isso, a sigla aposta no nome do deputado estadual Gelson Merisio, presidente da legenda, que já confirmou ser pré-candidato ao governo do Estado. Formado em administração, Merisio tem 51 anos, já foi vereador de Xanxerê e deputado estadual por quatro vezes.
“Meu nome está à disposição e essa não é a imposição de um nome, nem um projeto pessoal. Estar disposto a enfrentar uma eleição é uma decisão de vida sem volta, com preço alto a pagar. É preciso acreditar e ter coragem para mudar muitas coisas que estão aí desde sempre, um modelo que está falido. Além disso, tem que ser uma proposta que tenha aceitação pela sociedade, com os mesmos objetivos da população catarinense”, comenta o deputado.
A busca do PSD pela continuidade no governo estadual, no entanto, não inclui a manutenção da aliança com o MDB, partido do vice-governador Eduardo Pinho Moreira. À imprensa, Merisio já afirmou ter convicção de que ambas as siglas serão adversárias no pleito de outubro pelo motivo de que cada partido possui um projeto de governo diferente do outro.
Para o deputado, naturalmente que a gestão de Colombo possui feições de um modelo administrativo do MDB, uma vez que se trata de uma continuidade ao governo de Luiz Henrique da Silveira. As agências regionais de desenvolvimento, as antigas SDRs, se tratam de um exemplo desse modelo administrativo do MDB que, para Merisio, é um modelo que já acabou e não tem mais viabilidade no futuro.
Nesta campanha, a segurança pública deverá ser vista por Merisio como prioridade. “Temos que manter Santa Catarina como o Estado mais seguro do país. Precisamos agir agora porque ofuturo pode ser o descontrole do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul”, afirma. Para isso, Merisio diz que será preciso focar em investimentos. “Ou temos um servidor na regional ou temos um policial a mais na rua. Eu escolho contratar mais um agente de segurança. Por isso, será preciso enxugar a máquina pública e acabar com as regionais”, apresenta o presidente.
Para Gelson Merisio, atualmente a sociedade está em “regime semiaberto”. “Sai em liberdade condicional para trabalhar durante o dia e é obrigada a se trancar dentro de casa à noite”, afirma. “Ou a sociedade como um todo toma consciência de que devemos enfrentar o crime organizado com muita força, ou perderemos o controle. Mas, primeiro, precisamos reconhecer que estamos, sim, em guerra contra a bandidagem”, acrescenta o pré-candidato.
Na corrida pelo governo, o MDB, de Mauro Mariani, deverá ser o grande adversário, mas para alianças, o PSD mantém as portas abertas com o PSDB, de Paulo Bauer, por exemplo. “Respeitamos a candidatura vigorosa do senador Paulo Bauer, mas temos pontes em construção. Queremos estar juntos em 2018. Também construímos uma nova aliança tendo o PP e o PSB, as duas legendas que têm uma visão de Santa Catarina mais próxima da nossa, de um Estado enxuto, menor em burocracias, papelada e funções intermediárias, mas muito maior em entrega de serviços públicos para a população”, finaliza o pessedista.
*Reportagem de Windson Prado e Verônica Lemus