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Leandro Lima e Paulo Eli, do MDB SC, falam sobre convite para integrar novo governo

Foto Divulgação

Por: Pelo Estado

12/12/2018 - 05:12

Aos poucos o governador eleito, Carlos Moisés (PSL), vai dando forma à equipe com a qual vai trabalhar. Entre os primeiros anúncios de secretários, dois chamaram a atenção por fazerem parte do atual governo e por serem filiados ao MDB de Santa Catarina.

São eles o atual secretário de Estado de Justiça e Cidadania, Leandro Lima, e o atual secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli. A Associação de Diários do Interior (ADI) ouviu os dois para saber quais os motivos da escolha de seus nomes, o que receberam como metas e o que apresentaram como demandas.

Em comum, a vontade de entregar resultados ainda melhores daqueles que trouxe o reconhecimento do futuro governador para ambos.

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Confira a entrevista com Leandro Lima: 

Por que acha que foi escolhido para permanecer?

Acredito que houve um reconhecimento da parte do governador Carlos Moisés sobre a questão técnica. Ao desenvolvimento das atividades diárias da Secretaria, que são bastante complexas, com base em proposições, metas e resultados.

 

Principalmente na valorização e na capacitação do servidor público. E também nas políticas de reabilitação socioeconômica empreendidas pela Secretaria de Justiça e Cidadania.

Como se sentiu?

Honrado e privilegiado com o convite para continuar. E privilegiado por ter sido anunciado na primeira leva de secretários pelo modelo adotado – construção de uma secretaria Prisional e Socioeducativa.

 

Ou seja, uma secretaria de Estado, mas com foco muito alargado, com metas a serem batidas diariamente. O governador eleito trabalhou na nossa Secretaria, na área de consultoria técnica, conhece a dinâmica e a complexidade da atividade.

 

A gestão será muito bem articulada, totalmente baseada em critérios técnicos.

Ser filiado ao MDB ajudou?

Tenho filiação e vivi isso no período que está se encerrando. As pessoas não teriam tido a oportunidade de conhecer o meu trabalho se eu não tivesse chegado aqui.

 

Entendo que daqui para frente será tudo diferente. Há uma nova etapa, a sociedade se manifestou, disse que quer cumprimento de objetivos, que quer resultados, que quer uma gestão mais clara e transparente.

Então, acredita que há uma valorização do servidor de carreira do Estado?

Temos aqui uma equipe de servidores comprometidos, com inúmeras situações resolvidas fora do horário do trabalho. A chamada que o governador fez valoriza a prata da casa. Eu sou agente penitenciário com 30 anos de Casa. E pedagogo.

 

Por isso a valorização da Educação, incluindo aí a Academia de Justiça, que forma os nossos servidores. O que me trouxe até aqui foram os resultados e termos conseguido alçar o título de melhor sistema prisional do Brasil. Vamos continuar neste sentido.

 

A questão política não atrapalha em nada. O país não deve demonizar a política. Só precisa valorizar o bom político.

Santa Catarina ainda é destaque nesse trabalho de reabilitação por meio do estudo e do trabalho?

Sim. A média nacional é a metade do índice que temos em Santa Catarina, que hoje representa 31% dos presos.

 

Além de uma política de reabilitação e de responsabilização importante, essa medida é uma estratégia de segurança prisional, porque quanto mais presos trabalhando e estudando nas unidades, de maneira muito concreta e proporcional nós diminuímos as ocorrências, como conflitos, brigas, fugas e evasões.

 

A tensão diminui muito. Outro ganho é a redução da reincidência.

É um trabalho que, portanto, deve continuar. Quais as metas?

A nossa intenção é duplicarmos a quantidade de presos trabalhando e estudando nos próximos quatro anos. Os aspectos positivos são muito importantes.

 

E Santa Catarina é o único estado da Federação em que os presos trabalham e devolvem ao Estado, a título de indenização, 25% do que recebem das empresas.

 

Ou seja, temos uma grande arrecadação financeira, que deve chegar aos R$ 24 milhões ao final do ano, recursos depositados nos fundos rotativos.

 

Assim, além de descentralizar o processo de uso dos recursos, porque são regionalizados, ainda se desonera o Estado em obras de manutenção da própria atividade laboral.

 

Confira a entrevista com Leandro Lima: 

Por que acha que foi escolhido para permanecer?

Pelo trabalho que estamos fazendo desde fevereiro aqui na Secretaria e porque conhecemos toda a estrutura do Estado. Sou funcionário efetivo da Secretaria da Fazenda e conheço tudo o que diz respeito às finanças de Santa Catarina e é mais fácil gerenciar quando se conhece o que está gerenciando.

 

De fevereiro até aqui nós modificamos a gestão do fluxo de caixa do Tesouro estadual, modificamos a liberação de cotas financeiras, que antes acontecia anualmente e agora é por quadrimestre e cada órgão tem que economizar para adequar a despesa dentro da cota que recebe.

 

Só nessa operação nós conseguimos reduzir bastante o custeio e do Estado. Com a redução da máquina administrativa e dos custos, nós conseguimos economizar para manter a folha e a dívida pública em dia, e para começar a pagar os fornecedores com os quais tínhamos dívidas de 2016 e 2017.

Como se sentiu?

É O coroamento da minha carreira. Entrei no serviço público como datilógrafo na Escola Técnica Federal.

 

Depois passei no concurso de Fiscal de Tributos e trabalhei em São Miguel do Oeste, em Araranguá, em Indaial, em Criciúma, até vir para Florianópolis.

 

É o coroamento e, depois, o encerramento. Já tenho tempo de aposentadoria e acho que depois vou para casa descansar.

Ser filiado ao MDB ajudou?

Não pesou em nada para essa escolha. O partido não me indicou e a filiação partidária não interferiu na decisão do governador Moisés.

 

Da mesma forma como já aconteceu com o governador Eduardo Moreira, que conhecia mais o técnico do que o emedebista.

 

Se o governador Moisés tivesse pedido uma indicação para o partido, certamente não seria eu o indicado.

O que o governador pediu ao senhor em objetivos?

Ele pediu, em primeiro lugar, transparência nos processos e que nós sempre digamos a verdade em relação ao que encontrarmos. E que a sociedade participe dessa transparência, com acesso e aos dados e condições de entendimento.

 

Nós temos que saber quanto custa um professor em sala de aula, um médico na unidade hospitalar ou um policial nas ruas. E a sociedade também precisa ter clareza sobre tudo isso.

 

O Estado entrega muitos serviços hoje e a sociedade se angustia porque acha que paga muito em tributos e recebe pouco em troca. Por isso a transparência é importante, para mostrar que o Estado é resolutivo.

E o que o senhor pediu a ele para ter condições de cumprir esses objetivos?

Confiança. Em primeiro lugar, confiança. Em termos práticos, precisamos de mais tecnologia e menos gente. Dois terços do nosso quadro de pessoal estão com tempo para a aposentadoria, inclusive eu. Nós vamos fazer um redesenho da Secretaria da Fazenda, aproveitando a reforma administrativa.

 

Ela vai encolher em pontos físicos e vai ampliar a presença virtual. Não será mais necessário manter uma repartição, porque bastará ao cidadão acionar os serviços pela internet. O atendimento não será mais no balcão, mas no celular. É a desburocratização na prática. Isso já acontece em parte e nós vamos ampliar.

 

Os contadores já são prepostos da Secretaria da Fazenda e trabalham dentro do nosso sistema. Todas as empresas já emitem nota fiscal dentro do nosso sistema. Isso acontece 24 horas por dia.

O que o novo governador vai encontrar em 2019 no que diz respeito às finanças do Estado?

Uma situação muito melhor do que aquela que nós encontramos em fevereiro. Até outubro nós tínhamos restos a pagar de R$ 700 milhões.

 

Mas nós tínhamos perto de R$ 1,5 bilhão de fornecedores que não receberam em 2016 e 2017.

 

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