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Arrecadação de ICMS e FPM se mantém quase a mesma em Jaraguá do Sul

Secretário da Fazenda, Márcio Erdmann avalia que resultado está dentro do esperado | Foto Arquivo/OCP News

Por: Elissandro Sutil

01/12/2018 - 05:12 - Atualizada em: 30/11/2018 - 19:00

De janeiro até novembro deste ano, Jaraguá do Sul arrecadou R$ 188,3 milhões de FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

O montante é ligeiramente menor do que o arrecadado no ano passado, no mesmo período, havendo um decréscimo de R$ 440 mil, aproximadamente.

O FPM e o ICMS estão entre as principais transferências constitucionais, que são os tributos arrecadados pela União e pelo Estado que devem ser compartilhados com os municípios conforme prevê a Constituição Federal.

Nos primeiros onze meses do ano, o repasse de FPM ao município aumentou em relação ao mesmo período do ano passado, mas o ICMS registrou queda.

Considerando a inflação acumulada dos últimos doze meses (IPCA), de 4,56%, o FPM teve um aumento real de 1,84%, enquanto a queda do ICMS representa um impacto ainda maior nas contas do governo.

Contudo, o secretário da Fazenda, Márcio Erdmann, diz que o governo já previa esse comportamento. “O orçamento inicial prevê uma arrecadação de R$ 144 milhões de ICMS, então [até o fechamento do ano] vai empatar”, estima o secretário.

Da mesma forma, o governo já tem as previsões do índice de repasse do ICMS do município para o ano que vem, o que permite o melhor planejamento do orçamento de 2019.

Segundo Erdmann, o índice do próximo ano deve ser muito próximo ao atual, de 2,8. “O índice definitivo sai na semana que vem, mas deve ser mais ou menos a mesma proporção”, comenta.

Aumento no total das transferências

Somando todas as transferências constitucionais de janeiro até novembro deste ano, a arrecadação do município é de R$ 297,2 milhões, conforme os dados já consolidados pela Federação Catarinense de Municípios (Fecam).

No entanto, a receita realizada com Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) no mês de novembro ainda não foi contabilizada pelo sistema da Fecam.

Segundo expectativa do secretário, a receita do Fundeb deve girar próxima da arrecadada no mês anterior, em outubro, de aproximadamente R$ 7,5 milhões.

Já o IPVA deve ter queda em novembro no comparativo com outubro, passando de R$ 2 milhões para cerca de R$ 1,3 milhão.

Considerando os dados já consolidados pela Fecam com os valores esperados pelo governo, o montante total arrecadado nos primeiros onze meses de 2018 deve girar em torno de R$ 306 milhões, o que representaria um incremento de 3,4% em relação ao mesmo período do ano passado, porém, pouco abaixo da inflação dos últimos doze meses.

ICMS é principal receita

Para Jaraguá do Sul, o ICMS é um dos repasses mais importantes para o caixa municipal, correspondendo a 44,51% do valor total recebido com as transferências constitucionais de janeiro até novembro deste ano. Já o FPM representa uma fatia de 18,86% do bolo.

Depois do ICMS, a segunda transferência mais importante para o município é o FPM. Embora o repasse represente menos que o Fundeb no total das transferências constitucionais, o FPM se trada de recurso não vinculado, assim como o ICMS.

Hoje, 95% dos recursos do Fundeb – R$ 71,9 milhões no acumulado de janeiro a outubro deste ano – vão para a folha de pagamento dos professores, informa o secretário. O restante é aplicado para o custeio da Educação, como materiais, valor que precisa ser complementado com recursos próprios.

Por isso, o ICMS tem um grande peso nas contas municipais. “Com o Fundeb eu pago metade dos servidores do município, e ele é apenas metade do que arrecado com ICMS, então olha a relevância”, destaca Erdmann.

Autonomia

Tanto o ICMS quanto o FPM vão para o caixa geral da Prefeitura, podendo ser destinados para todas as áreas do governo, diferente dos recursos vinculados, que têm aplicação e destinação certas.

Na tentativa de ganhar mais autonomia e depender menos do ICMS, o secretário da Fazenda afirma que o governo vem tentando aumentar a arrecadação com os tributos municipais.

Uma das medidas implantadas – a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica – deve gerar um incremento de 8% na receita de ISS (Imposto Sobre Serviços).

 

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Elissandro Sutil

Jornalista e redator no OCP