Índios Guarani da região de Florianópolis visitam Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville

O Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville, que reúne um acervo com mais de 12 mil peças descobertas em casqueiros da região, recebeu nesta quinta-feira (25) um público especialmente ligado à história da ocupação humana na região.

Eram crianças, adolescentes e adultos de dez aldeias indígenas de origem Guarani, da região de Florianópolis que foram conhecer um pouco da história de seus antepassados. A ida a Joinville foi motivada pelo projeto de implantação do contorno rodoviário da BR-101 em Florianópolis, que vai passar perto das aldeias da região.

A ação integra o Programa Básico Ambiental desenvolvido pela MPB Engenharia, especializada em engenharia consultiva, em recursos hídricos, meio ambiente, componentes indígenas e responsável pelos estudos de impacto do contorno rodoviário.

O estudo envolve o modo de vida dos índios em dez aldeias que existem na região onde passará a rodovia. Além de Joinville, representantes das aldeias da região de Florianópolis estão visitando outras cidades onde já viveram tribos Guarani.

“O que estamos vendo aqui neste museu faz parte da nossa história”, diz Teofilo Gonçalves, cacique da Aldeia Morro do Cavalo, em Palhoça.

“Tudo isso é muito importante para todos nós, que descendemos dos antigos ocupantes dessas terras brasileiras. É um resgate histórico. Nossa sabedoria não pode se perder”, avaliou o cacique.

Os índios Carijós da nação Tupi-guarani foram os primeiros habitantes de Santa Catarina. Os traços de sua presença são constatados através de sítios arqueológicos e sambaquis com registros de mais de 4.800 anos.

Na região de Florianópolis os primeiros habitantes foram os índios tupis-guaranis. Praticavam a agricultura, mas tinham na pesca e coleta de moluscos as atividades básicas para sua subsistência. Originários do atual Paraguai, migraram rumo ao litoral catarinense, séculos antes da chegada dos europeus.