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Jaraguá do Sul deve começar testes de campo para controlar o maruim em janeiro

Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Gustavo Luzzani

23/10/2018 - 05:10

O verão está chegando e um companheiro indesejável costuma trazer problemas nessa época, na região de Jaraguá do Sul: o maruim. Mas descobertas feitas nesse ano sobre o controle biológico do mosquito devem evoluir a testes de campo para comprovar a eficácia desses diagnósticos em janeiro de 2019.

Desde 2007, o Consórcio Intermunicipal de Gestão Pública do Vale do Itapocu (Cigamvali), vem trabalhando no combate ao maruim. De 2014 a 2018, eles pagaram o doutorado do biólogo e pesquisador joinvilense Luiz Américo de Souza, que em sua tese descobriu uma solução para o controle do mosquito, que afeta especialmente a área rural.

A pesquisa, conforme explica secretária-executiva da Amvali, Juliana Demarchi, busca uma solução mais efetiva. Segundo ela, o ideal é agir na causa e por isso o pesquisador desenvolveu, durante sua pesquisa de doutorado, um defensivo agrícola que agirá diretamente sobre os insetos e sua reprodução.

Juliana explica que este defensivo á base de clorofila pode ser encapsulado e aplicado nos locais em que o maruim se reproduz nas propriedades, fazendo um controle biológico e de natalidade do maruim. A expectativa não é exterminar o mosquito, mas reduzir o excesso.

“Não dá para exterminarmos 100%, mas sim reduzir em 70% a população do inseto na região”, ressalta.

Amvali busca recursos

Juliana afirma que são necessários R$ 423 mil para montar o laboratório e comprar os equipamentos necessários para iniciar os testes, como microscópio, freezer e spray dryer para produção de clorofila. Jaraguá do Sul já captou R$ 150 mil, Corupá R$ 35 mil e São João do Itaperiú conseguiu R$ 24 mil. Para fechar a conta ainda são necessários R$ 214 mil.

Os demais municípios que fazem parte da consórcio é Guaramirim, Massaranduba, Schroeder e Barra Velha.

Além de ser uma das maiores preocupações nas áreas rurais, Luiz Américo afirma que a proliferação do maruim está atingindo as áreas urbanas. Por isso ele destaca a importância de encontrar um antidoto para o inseto.

“Além de problemas de saúde, ele traz perdas econômicas, pois afeta a plantação dos agricultores”, destaca o biólogo.

De acordo com o pesquisador, o avanço do homem no habitat natural do inseto fez com que ele acabasse se proliferando, já que quando o produtor introduz suas culturas na Mata Atlântica acaba fornecendo alimento e ao inseto.

Américo afirma que estudo avançou em comparação com anos atrás, quando não existia nenhuma expectativa de solução. “Estamos felizes porquê já percorremos 99% do caminho”, destaca.

Luis Alves estuda entrar para o Cigamvali

O município de Luis Alves fez contato na semana passada para conhecer melhor o trabalho realizado pela Amvali e demostrou interesse em ajudar no processo. Juliana disse que a cidade dará uma resposta sobre a provável participação ainda nesta semana.

O laboratório para produção do defensivo será montado em espaço anexo à Secretaria de Desenvolvimento Rural e Abastecimento de Jaraguá do Sul, na rua Ângelo Rubini, no bairro Barra do Rio Cerro.

 

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Gustavo Luzzani

Estudante de Jornalismo apaixonado por esportes, cultura e séries