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“Mensagem do dia”

Por: Luiz Carlos Prates

03/10/2018 - 14:10 - Atualizada em: 03/10/2018 - 14:53

Há pouco estava lendo, lendo e lendo… procurando assunto para chegar até você. Achei. Acho que achei. Num dos jornais das minhas “refeições” diárias encontrei uma pequena discussão sobre “a solidão do conhecimento”, era uma espécie de mensagem do dia.

Essa solidão do conhecimento pode ser definida assim: o marido, por exemplo, tem uma cabeça arejada, bons conhecimentos, um cara com boa conversa e que ninguém distrai ou passa para trás com conversas insossas ou de qualquer tipo, sem base nem classe.

Já a mulher dele, bah, coitada… Uma cabecinha de vento. Ou, é claro, o contrário, ela, a esposa, lá em cima e o cara lá embaixo, muito preocupado com seus joguinhos eletrônicos ou com a escalação do time dele para o final de semana… Isso quando não está preocupado com a estepe do carro, credo! Essa relação não vai dar certo. O marido viverá uma “solidão do conhecimento”, não terá parceira. Ou, como já disse, pode ser o caso dela, não ter parceiro.

Mas se os dois tiverem cabeças afinadas na mesma frequência, gostos comuns e de boa qualidade, livros, saberes e anseios elevados, viverão ativa e prazerosamente a união. Difícil de encontrar tal tipo de união.

O que mais se vê são dois muito parecidos ou então um deles lá em cima e o outro lá embaixo, a conta não fechando. O que estiver lá em cima vai viver a tal solidão do conhecimento.

Mas esse impasse, a da solidão do conhecimento, vale para a relação com os conhecidos, já nem digo amigos. No muito saber, dizia Salomão, filho de Davi, está a angústia. O sujeito de muitos saberes tende sim a viver isolado, ser-lhe-á difícil achar parceiros, parceiras, gente com quem afinar as cordas do violino da vida…

O conhecimento, sem fazer ruídos, vai tornando a pessoa mais exigente, mais impaciente, mais seletiva, o que acaba produzindo divórcios ou isolamentos. – Ah, então, Prates, é melhor ser “burro”? Não disse isso, mas que é bom ter consciência dos enjoos que o saber produz, ah, isso é. Não foi de graça que Salomão nos legou essa pérola do – “No muito saber está a angústia”.

Aliás, vale para tudo, quanto mais alto o degrau em que se encontra a pessoa na escada evolutiva, mais ela verá o que os lá debaixo não conseguirão ver. Saber faz sofrer, e isola…

 Cuidado

As pessoas ou são muito “desinformadas”, não diria ingênuas, ou são mesmo muito estúpidas. Saem por aí, de férias ou folga, e postam fotos de um exibicionismo comprometedor para elas e para as empresas que as pagam.

Fotos “lascivas”, fotos em bandos ou bebendo, rindo de nada, expondo-se, enfim. Essas pessoas precisam saber que constrangem as empresas que as pagam, especialmente se forem “muito públicas”. Fotos? Sempre “profissionais”. Postura e recato fazem bem ao profissionalismo.

Elas

Elas trabalham num pequeno shopping. Área da limpeza. Uma delas sempre sorrindo, sempre. Da outra, nunca vi os dentes, sempre parecendo emburrada. Ganham a mesma coisa, fazem o mesmo trabalho, por que uma é alegre e a outra um “porre”? Se dependesse de mim, a simpática ganharia um aumento e promoção. E a outra que vá ser emburrada em casa. Vale para todos nós, todos…

Falta dizer

Ninguém jamais vai nos dizer de onde viemos e para aonde vamos. Essa é a chamada angústia-vital do ser humano. Se aparecer alguém por aí respondendo a essa inquietação nervosa de nós todos, mande-o passear, é um impostor e oportunista, explorador do desespero humano da vida sem bússola.

 

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.