A retomada na distribuição dos sacos verdes fez o índice de reciclagem em Jaraguá do Sul subir para 20%, com uma projeção de melhora para 22% no fim do mês de setembro. Somente em agosto foram 495 toneladas de resíduos.
Os sacos verdes voltaram a circular nas residências da cidade em maio de 2018. Nos primeiros quatro meses do ano, apenas 8% do lixo estava sendo reciclado.
O Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) é o atual responsável pela gestão do lixo no município e segundo o coordenador da autarquia, Giovani Mello, a paralisação dos caminhoneiros fez com que a coleta só aumentasse para 11% em maio.
Nos meses seguintes a evolução foi nítida. Entre junho e agosto foram recicladas 1.368 toneladas, sendo 19% de todo lixo gerado em Jaraguá do Sul. De acordo com o presidente do Samae, Ademir Isidoro, os resultados até agora mostram que o mês de setembro chegará ao fim com uma porcentagem de 22%.
Mas Isidoro quer alçar voos maiores. O objetivo é que até o início de 2019, a cidade chegue a 25%, e olhando mais adiante a projeção é chegar nos 30%. “Nós vamos ser o primeiro de Santa Catarina. Queremos ser o município que mais recicla em todo o estado”, projeta.
Porcentagem da coleta seletiva em relação à coleta domiciliar em 2018
Janeiro: 11%
Fevereiro: 8%
Março: 7%
Abril: 7%
Com a volta do saco verde
Maio: 11%
Junho: 18%
Julho: 17%
Agosto: 20%
Setembro: 22% (até dia 23)
Contribuição para as cooperativas
Os grandes beneficiários dos sacos verde são as seis cooperativas de recicladores de Jaraguá do Sul. Josiane Trindade Mello, de 26 anos, conta que sua cooperativa no bairro amizade começou a receber mais material com a volta do saco.
A coletora relata que com ele as pessoas separam melhor os materiais. “Antes quase metade do que vinha no caminhão era descartado, mas hoje é apenas 10% a 15%”, ressalta, completando que com a divulgação sendo feita a separação vai melhorando.
Atualmente, a cooperativa de Josiane está conseguindo reciclar de 100 a 120 fardos por semana, estando dentro da meta estipulada pela coletora.
“Primeiro queremos colocar uma cultura de reciclagem nas pessoas para depois cobrar mais a separação correta”, aponta Mello.
Coletores clandestinos segue sendo um problema
De acordo com o coordenador do Samae, Giovani Mello, o principal problema que a autarquia enfrenta é com as pessoas que fazem coletas clandestinas e levam os materiais para casas, gerando doenças para a comunidade. “É desumano ver como os clandestinos deixam o ambiente”, ressalta.
Em um desses casos, no bairro Amizade, um morador estava armazenando diversos resíduos em sua casa, mas depois de ser autuado pela vigilância sanitária ele abandonou o local.
Na casa, é possível encontrar 8 tubos de televisores, geladeiras, máquina de lavar, vidro, produtos químicos e muito mais resíduos, inclusive químicos.
“Nós procuramos fazer a limpeza de todos terrenos abandonados que estão nesse estado”, completa Mello.
Semana de cursos para cooperativas
O Sebrae, em conjunto com a Fundação Jaraguaense do Meio Ambiente (Fujama) e o Samae, ofereceu um curso para todas as cooperativas, tantos as existentes quanto as que vão querer se credenciar.
“A ideia é capacitar cada vez mais nossas cooperativas para eles estarem bem habilitados para receber o reciclável”, frisa o presidente do Fujama, Normando Zitta.
O curso foi dividido em duas partes. A primeira foi do dia 17 a 21 de setembro, com o tema gestão financeira. A segunda será entre os dias 15 e 19 de outubro, falando sobre como os cooperadores devem se comportar na venda dos materiais para a administração pública, ou seja, o fornecedor.
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