Nos últimos anos, o varejo de produtos de Páscoa sofreu uma queda considerável. Em 2016, o recuo de vendas foi de 9,6% e no ano passado, de 1,7%. Com o reaquecimento da economia nacional e a retomada na geração de empregos, percebidos desde o final de 2017, a previsão para 2018 é mais otimista que nos anos anteriores, de acordo com o presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), Claudio Felisoni. A opinião de Felisoni considera o comportamento nacional, mas em Santa Catarina o cenário não é bem esse. O presidente da Fecomércio-SC, Bruno Breithaupt, afirmou à Coluna Pelo Estado que, de um modo geral, o consumidor está “um pouco cauteloso”, mas não vai deixar de gastar. “É uma data festiva e que não envolve só chocolates. Vão ser comprados outros tipos de presentes. E também haverá uma movimentação significativa no turismo interno”, observou com base na Pesquisa de Intenção de Compras para a Páscoa 2018, realizada pelo Núcleo de Pesquisas da Fecomércio-SC e divulgada ontem. É a primeira data especial do calendário de 2018 e um termômetro importante para o varejo catarinense. A expectativa do gasto médio dos consumidores catarinenses ficou em R$ 157,69, inferior em 3,3% no valor projetado pelas famílias em 2017. Itajaí foi o município com a mais alta intenção de gastos, R$ 185,56, enquanto Chapecó apresentou o menor valor na pesquisa R$ 120,69. Ainda assim, o gasto médio projetado é superior ao registrado em 2016.
Nota de repúdio
A Federação Catarinense de Municípios (Fecam) se posicionou ontem por meio de uma Nota de Repúdio, contra o uso político de repasses aos municípios. O texto afirma que “a União reiteradamente utiliza o AFM (Apoio Financeiro aos Municípios) como meio de barganha com o objetivo de conseguir apoio para a aprovação de seus projetos de reformas. Esse recurso, que representa acréscimo de R$ 78 milhões para os cofres dos municípios catarinenses, foi sancionado, mas não se tem perspectivas de chegar de fato aos municípios.” Em outro trecho do documento, outra crítica contundente: “o governo federal está postergado o seu pagamento para uma data não definida, ou seja, o descaso com o ente local torna-se evidente”. A Fecam está convocando uma Assembleia Geral Extraordinária para o dia 4 de abril. Pretende mobilizar parlamentares catarinenses, imprensa e sociedade em geral. Na foto, Lauro Müller, um dos 295 municípios catarinenses prejudicados.
Em alto estilo
Um grande ato está sendo preparado para comemorar o mandato do governador Raimundo Colombo.A festa está marcada para o dia 7 de abril, em Lages, uma vez que Colombo
vai renunciar ao cargo de governador na véspera. Ontem à tarde ele esteve reunido com assessores ligados ao PSD para organizar o encontro. Para além do clima festivo, será uma oprtunidade também para prestar contas do que foi realizado nos mais de sete anos em que respondeu pelo Executivo estadual.
Filiação
Em evento concorrido, com a presença de dois senadores, Paulo Bauer e Dalírio Beber, e do presidente do PSDB-SC, deputado Marcos Vieira, o ex defensor público-geral de Santa Catarina, Ralf Zimmer Junior, assinou ficha e ingressou no ninho tucano ontem pela manhã. Foi convidado para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Ele chegou a ser convidado por outros partidos, mas optou pelo tucanato com a confirmação de Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, como pré-candidato à presidência do país.
Ministro em SC
O ministro de Desenvolvimento Social, Osmar Terra, voltou à Santa Catarina nessa segunda-feira para falar sobre o “Marco Legal da Primeira Infância”, que propõe políticas públicas para as crianças de zero a seis anos. Cumpriu agenda em Jaraguá do Sul, Chapecó e Maravilha, sempre acompanhado do deputado federal Mauro Mariani (MDB).
Ficou faltando
O presidente da Fecomércio-SC, Bruno Breithaupt, foi além da avaliação das vendas de Páscoa. Falando sobre o momento do país, declarou que o meio empresarial esperava por reformas que não aconteceram, como a da Previdência. “É evidente que o momento atual político é conturbado. Mas esperamos que os nossos homens públicos entendam de que, do jeito que está, realmente causa uma insegurança muito grande não só para nós empresários mas também para a população em geral”, afirmou.
Candidatos viáveis
Mesmo reconhecendo “sinais de recuperação”, ele declarou que esperava que a esta altura do ano houvesse mais intensidade nos indicativos econômicos. Sobre o cenário eleitoral, foi incisivo: “O que a gente espera é que esses partidos tenham responsabilidade de nos oferecer candidatos viáveis, que possam de fato mudar, fazer a diferença no nosso país.”