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“As conversas entre meu pai e seus clientes, foram minha inspiração”

Por: Elissandro Sutil

04/07/2018 - 11:07 - Atualizada em: 04/07/2018 - 11:39

Pode-se considerar que um dos termômetros importantes que indicam a saúde da economia é a condição do mercado imobiliário.

Esse contexto mercadológico é extremamente dinâmico e sensível às tendências. São características que exigem das empresas atuantes nesse segmento econômico, profundo domínio do negócio, sensibilidade e conhecimento do mercado.

Esses fatores, por si só, não asseguram a longevidade se esta não possuir valores e princípios fundamentais norteadores de sua missão, identidade e filosofia. Neste contexto, uma empresa com mais de 30 anos no mercado, merece ter sua história contada.

Conversamos com o dinâmico empreendedor e sócio proprietário Luiz Sérgio de Assis Pereira Júnior, que nos conta, em exclusiva entrevista, a trajetória dessa empresa tradicional, transitando por seu passado, presente e futuro:

OCP: Há 31 anos no mercado, a Engetec se consolida como imobiliária de confiança e bons negócios. Como manter essa longevidade?

Luiz Sérgio: A empresa foi fundada por meu pai e três sócios, em agosto de 1986, como imobiliária e construtora. Com o passar dos tempos e dinâmica do mercado, deixou de ser construtora concentrando-se como imobiliária. Iniciei ouvindo as conversas de meu pai com os clientes.

As relações se davam com base na confiança e respeito entre as partes, dispensando-se muitas vezes a figura do fiador. Portanto, sempre presamos por ser uma empresa familiar, orientada pela ética e bom senso nas transações, procurando aguçar o feeling de confiança nas pessoas.

OCP: : Uma das ações estratégicas da empresa foi a abertura de unidades. Onde se localizam e quais os critérios que pesaram na decisão das condições e locais?

L.S.: Em 1989 meu pai teve a ideia de abrir uma unidade Guaramirim. Escolheram como sócio a família Klein, passando-se a chamar Engetec Klein. Por conta da localização geográfica estratégica devido a proximidade de portos, aeroportos, rodovias e litoral maravilhoso, a empresa via um potencial de expansão daquele município.

Em 2006 eu assumi a empresa em companhia com meu pai e em 2009 abrimos uma unidade em Schroeder com nossa sócia Marilei Tomaselli que também é sócia em Guaramirim.

Com relação a Jaraguá, temos a unidade no centro, como as outras imobiliárias, onde somos sócio: Eu, meu pai Luiz Sergio de Assis Pereira, Paloma de Assis Pereira Marquardt, minha irmã e Carlos Eduardo de Assis Pereira, irmão do meu pai, mas percebemos que determinados bairros estavam se transformando em pequenas cidades, ou seja, em bairros autossustentáveis.

Por meio de estudos definimos a Barra do Rio Cerro como o bairro mais estruturado em todos os quesitos. Por exemplo, grandes magazines têm migrado do centro para os bairros por conta do custo de locação, como forma de reduzir o custo fixo.

Respondendo à essa dinâmica migratória, implementamos em 2015-16, um projeto piloto de franquia na Barra, confiada à família de André Dalcastagnê por comungar dos mesmos princípios da Engetec.

Temos a prática de nos reunirmos semestralmente para avaliar a gestão e acompanhar o desempenho adaptativo do negócio no bairro, formar maça crítica de modelo a ser implementado em outros potenciais bairros como Figueira, Rau, Baependi, Nereu.

Entendemos que é importante, estrategicamente, que a imobiliária esteja próxima do cliente. Possuímos também um plano de expansão visando o litoral, sendo que Itapema já possuímos estrutura implantada e Piçarras a implantar até 2019.

OCP: Falam de um mercado imobiliário estagnado devido a instabilidade do cenário político. Como a Engetec tem reagido a isso e quais as expectativas?

L.S.: Gosto de conversar sobre esse tema com pessoas experientes que já passaram por crises, e meu pai tem sido uma de minhas principais referências, por já ter vivenciado quatro momentos históricos críticos, obviamente cada um com suas características.

Em todos, há que se extrair o que deu certo no momento da crise e quais as estratégias de reação adotadas. Isso converteu-se numa doutrina de gestão e estamos nesse momento contextual agindo dessa forma.

Temos convicção que o mercado está diferente, mais exigente, mais para consumidor final. Significa dizer que as pessoas não pararam de consumir, se alimentar, casar, ter filhos e, consequentemente adquirir suas casas.

Portanto, temos esse olhar atento para o consumidor final e como se processa a dinâmica de desenvolvimento e crescimento das famílias.

Mas também temos o olhar atento para a dinâmica do investimento, ou seja, qual o destino da aplicação segura do dinheiro após já ter obtido a casa própria. Expansão? Um segundo imóvel?

OCP: Uma das características peculiares da Engetec é sua habilidade em leitura de mercado e poder de adaptabilidade aos novos paradigmas. De que forma isso se processa na gestão?

L.S.: Somos muito atentos às tecnologias de informação. Elas são aliadas importantes na gestão e operacionalização do negócio.

Ao aproveitarmos e absorvermos com rapidez as novas tecnologias que surgem, somando-se à nossa resiliência, que é um dos valores que nutrimos, teremos como resultado dessa dinâmica um processo desburocratizado, prático e ágil.

É o que sempre espera o cliente desse mercado. Além disso, executamos periodicamente a tática do benchmarking. Há mais de 10 anos tenho adotado a prática de visitar periodicamente a cidade de São Paulo.

O que se identificava na dinâmica do mercado paulista, acabava chegando à Jaraguá do Sul 5 a 6 anos depois. Hoje, por conta da velocidade da informação, isso acontece em dois anos.

OCP: A Engetec tem atuado de forma diferenciada para cada classe de clientes. Como se dá esse padrão de atendimento e qual o conceito de marca que você quer transmitir ao mercado?

L.S.: Nós visualizamos e organizamos nossos públicos em três categorias: A, B e C. Significa que atuamos nas três classes de clientes, fornecendo um serviço diferenciado para cada uma.

Ou seja, independente de classe, nos concentramos em fornecer a todos nossa expertise, garantindo satisfação, retorno e rentabilidade.

Estamos concentrados no momento, em expandir a marca Engetec, não apenas geograficamente, mas, notadamente, em seu conceito.

Significa estarmos inseridos no cotidiano e eventos sociais onde atuamos, transferindo nossas atitudes e valores, que serão percebidos pelas pessoas e associados à nossa marca.

Entendemos que é importante, estrategicamente, que a imobiliária esteja próxima do cliente.

Mas também temos o olhar atento para a dinâmica do investimento, ou seja, qual o destino da aplicação segura do dinheiro após já ter obtido a casa própria. Expansão? Um segundo imóvel?

Estamos concentrados no momento, em expandir a marca Engetec, não apenas geograficamente, mas, notadamente, em seu conceito.

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Elissandro Sutil

Jornalista e redator no OCP