O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso nesta sexta-feira (16). Ele tentava embarcar no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, com passaporte falso. O avião de Silvinei passaria pelo Panamá e o destino final era El Salvador.
O ex-diretor-geral foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão no âmbito da ação penal nº 2.693 (núcleo 2), acusado de ordenar operações no Nordeste com intuito de impedir a votação ao então candidato Lula (PT) em 2022. Silvinei teria rompido a tornozeleira eletrônica e tentado deixar o Brasil pelo Paraguai. Como o aparelho de monitoramento foi danificado, as autoridades brasileiras lançaram alguns alertas. Quando Silvinei chegou ao Paraguai, a polícia local o prendeu.
As informações são de que ele tentou alterar a foto de um passaporte para passar pela imigração. No entanto, a adidância já havia avisado a polícia. A prisão ocorreu na madrugada desta sexta. Há dois voos que vão do Paraguai até o Panamá: um saiu 1h44 da manhã e outro às 6h42.
Segundo fontes da diplomacia brasileira, as autoridades locais estão em contato com a adidância da Polícia Federal a fim de obter “a expulsão sumária” de Silvinei do país. A princípio, ele deverá ser entregue às autoridades policiais brasileiras na Tríplice Fronteira.
Silvinei Vasques foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) em julgamento do o núcleo 2 de trama golpista. O ex-diretor da PRF foi condenado por ser um dos atores que coordenava ações que dariam suporte ao suposto golpe de Estado, inclusive com eleitores barrados no segundo turno das eleições de 2022.
Silvinei era secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação do município de São José, na Grande Florianópolis, mas pediu exoneração logo após a prisão. Em nota, a prefeitura agradeceu à “contribuição prestada.”