Quando o assunto para a nossa conversa de hoje começou a fazer zum-zum na minha cabeça, pensei: – “Sim, tudo bem, mas o assunto não servirá para os jovens, os jovens estão fora desse barco furado”. Em seguida repensei, os jovens estão sim nesse barco furado, são até mesmo, muitas vezes, timoneiros nesse barco, sociedade de hoje. Vamos ao assunto. Estamos num momento de pensar a vida, repensar, fazer um balanço e, muitos, bufar: – “Tudo errado, vidinha chata, não consigo o que quero, ganho pouco…”! E por aí vão os gemidos. Agora, uma pergunta: – de onde vêm nossas ansiedades, angústias, depressões, a nossa infelicidade mesmo? De onde elas vêm? Vêm da nossa cabeça. Nós somos o que pensamos. Agora, por exemplo, fim de ano, muitas festas programadas. Claro, sem esquecer as festas caseiras, familiares, todavia… Muita gente já está enfastiada desde agora, não vê graça no encontro caseiro, não acha graça em ir à festinha na empresa de trabalho, um enfado, enfim. Claro que quem pensa e age assim não irá longe na vida. Sabemos que é preciso ao longo da vida transformarmos os eventuais “limões” em limonadas, engolir sapos, como se diz também. Estou nessa arenga em razão de ter lido uma manchete que me fez parar e pensar, não que a manchete fosse uma “novidade”, mas… É uma indigestão. A manchete diz assim: – “CVV (Centro de Valorização da Vida) reforça plantão especial durante as festas de fim de ano”. Puxando a cortina, o maravilhoso pessoal do CVV sabe que muita gente pensa em se matar nesta época do ano. Matar-se é imaginar que o sofrimento será aliviado com a morte. Alívio, bem-estar, consciência exigem vida, cérebro ativo, disposição para enfrentar as eventuais marolas no barco da vida. E o barco da vida só é um barco furado quando deixamos de remá-lo. Buscar alívio exige consciência no alívio, como é que alguém fugindo da raia da vida pode achar que se matando vai viver o alívio? Precisamos de amigos? Nós os fazemos. Precisamos de alegria, paz, felicidade mesmo? Tudo conosco, quem esperar magias vindas de fora está fora da casinha, ou está no barco furado dos tontos.
PUDOR
Não se deve deixar a porta aberta para um possível escracho. A qualquer momento alguém pode passar por essa porta e nos dizer verdades, daquelas verdades de motel. Uma influenciadora (uma coitada) dizendo nas redes sociais que já fez sexo com mais de 400 homens. E deu o nome de alguns “famosos”, craques de futebol. O que é isso senão falta de vergonha na cara? Queres aparecer, “moça”? Leia 400 livros…
PENSAR
Pensar antes de falar é coisa dos sábios. Maior parte dos nossos desencontros sociais resulta de palavras ditas sob emoção ou intencionalmente para agredir. Só que essa língua solta vai pagar pelo que ela faz. Imagine um casal discutindo e um deles joga sobre o outro uma “verdade” daquelas até então seguradas pela língua. As conseqüências ou serão danosas ali, na hora, ou ficarão no cofre da memória da pessoa atingida. Os educados sabem disso. Quem?
FALTA DIZER
Ano após ano ouço a mesma coisa… Pessoas dizendo que não há como escapar das dívidas geradas pelo Natal. E de onde as dívidas? Ah, dos presentes! Vão me desculpar, ninguém deve dar o passo maior que a perna, e os presenteados têm que saber disso. Um dia depois, os presenteados esquecem o presente e o “trouxa” presenteador fica se coçando por longo tempo… Luz vermelha!