Os dados divulgados nesta semana pelo IBGE não deixam dúvidas: a economia brasileira perdeu força. O PIB cresceu apenas 1,8% em um ano, o menor avanço desde a pandemia, e praticamente não saiu do lugar na comparação trimestral, com alta de apenas 0,1%. É um desempenho fraco para um país do tamanho do Brasil, que tem tudo para crescer muito mais, mas insiste em desperdiçar seu potencial. Não é a capacidade do brasileiro que falta. O que falta é direção, ambiente favorável e gestão pública eficiente.
Enquanto outras nações avançam em produtividade, inovação e competitividade, nós seguimos travados pelos velhos problemas. A burocracia continua esmagando o empreendedor, a insegurança jurídica espanta investidores e o custo Brasil impede que a indústria volte a ser protagonista. Além disso, o assistencialismo sem responsabilidade transforma parte da população em refém de políticas que não geram autonomia nem oportunidades reais.
Os números confirmam esse cenário: a indústria recuou 0,5% no trimestre e os investimentos seguem estagnados. O crescimento recente depende quase exclusivamente do consumo das famílias — um modelo frágil, baseado em crédito caro e renda comprimida, incapaz de sustentar o desenvolvimento a longo prazo.
Enquanto o Brasil anda de lado, Santa Catarina mostra que existe outro caminho. Mesmo enfrentando o peso das decisões nacionais, nosso estado continua crescendo porque trabalha, produz, empreende e se moderniza. A indústria catarinense segue firme, o agronegócio investe em tecnologia, o comércio se adapta e o setor de serviços se expande. Aqui, municípios que apostam em logística, educação e desburocratização atraem mais empresas e geram mais empregos. Santa Catarina prospera porque o catarinense acredita no valor do trabalho e não espera tudo do governo.
É por isso que defendo, diariamente, políticas que incentivem quem produz: menos amarras, mais liberdade econômica, processos simples para abrir e manter empresas, responsabilidade com o dinheiro público, segurança jurídica e previsibilidade. O governo federal precisa compreender que PIB não cresce com discurso. Cresce com trabalho, com investimento, com confiança — e confiança se constrói com seriedade.
Se o Brasil continuar nesse ritmo lento, vamos seguir desperdiçando oportunidades enquanto outros países avançam. Temos mão de obra qualificada, capacidade produtiva e um enorme mercado consumidor. O que falta é um governo que valorize quem gera riqueza, que premie o esforço e que seja aliado do desenvolvimento, e não um obstáculo. Santa Catarina vai seguir fazendo sua parte. E eu vou continuar defendendo o que funciona: produção, competitividade, liberdade econômica e respeito ao dinheiro do cidadão.