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Udesc Joinville recebe cinco novos robôs chineses

Foto: Divulgação/Udesc

Por: Ewaldo Willerding Neto

03/12/2025 - 09:12 - Atualizada em: 03/12/2025 - 09:37

Três humanoides e dois quadrúpedes, recém-chegados da China, são os mais novos habitantes do campus do Centro de Ciências Tecnológicas (CCT) da Udesc Joinville. O carregamento de meia tonelada dividido em oito volumes — cinco com os robôs e três com equipamentos como baterias, carregadores e guindaste — chegou nesta terça-feira e já está alocado no Laboratório de Sistemas Autônomos e Robótica Móvel (MobiLab). O custo total da aquisição é de cerca de R$ 4,5 milhões.

Os dois quadrúpedes compõem a moderna geração de robôs da chinesa Unitree, e vão integrar projetos com o poder público. O Unitree B2-XF1-A será utilizado em parceria com o Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville, em missões críticas de busca, resgate e salvamento em cenários de desastre. Conforme o coordenador do MobiLab, Douglas Bertol, esse robô é equipado com sensores avançados como o LiDAR 3D, câmeras térmicas e de profundidade, além de robustez estrutural que permite transpor obstáculos complexos. “Ele oferece suporte crucial às equipes humanas, reduzindo riscos e ampliando a eficiência operacional em situações emergenciais”, escreveu Douglas na justificativa do projeto.

Já o Unitree B2W será empregado em colaboração com a Secretaria de Infraestrutura da Prefeitura de Joinville, em atividades de inspeção autônoma de túneis urbanos e sistemas de drenagem subterrânea, que são locais de risco à integridade humana. A resistência a intempéries e a autonomia de até 4 horas tornam o B2W uma plataforma ideal para longas missões em espaços confinados.

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Dos três novos humanoides, dois são da mesma família do primeiro robô da Udesc e o primeiro desse tipo no Brasil, o G1. O outro é um humanoide “tamanho real”, com altura e peso de gente grande: mede 1,80 metro e marca 70 quilos na balança. Trata-se do Unitree H1-2, equipado com “mobilidade avançada e motores de alto desempenho que permitem a execução de tarefas complexas com precisão e agilidade”, conforme descrição do professor Douglas.

Mas o diferencial do H1-2 é algo aparentemente inusitado: ele possui “mãos com cinco dedos”, o que o torna capaz de “manipulações mais sofisticadas”, característica essencial para pesquisas em automação industrial, interação humano-robô e inteligência artificial. Tais áreas, segundo Douglas, são de crescente relevância para o setor produtivo.

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.