Li a manchete e voltei ao passado. Um passado eterno, afinal, a minha lembrança levou-me a uma música eterna – “Meus Tempos de Criança”, escrita por Ataulfo Alves. Nessa canção, o homem se lembra de sua infância, de seus brinquedos, dos amiguinhos, da primeira guria que o encantou, e assim por diante. Dias felizes. Nessa canção – “Meus Tempos de Criança”, o menino, hoje homem adulto, diz que – “Eu era feliz e não sabia…”. Coisa muito típica de nós todos, termos sido felizes e não notado. Quantos e quantos de nós hoje olhamos para trás e suspiramos saudades, remorsos e sofrimentos, tudo porque éramos felizes e não sabíamos. Como ocorre agora, neste momento, muitos estão chorando, se lamentado por tolices que não valem a pena. Um dia, lá adiante, vão olhar para trás e reconhecer: – Pô, eu era feliz e não sabia! A tal manchete de que falei e que me fez lembrar a música do Ataulfo Alves chegou-nos da Dinamarca. Um horror a manchete, uma danação existencial dos humanos. Diz assim: – “Dinamarca terá aulas de saúde mental em todas as escolas a partir do ano que vem”. Tudo porque crianças e adolescentes estão subindo pelas paredes, danados mentalmente. E veja bem, a Dinamarca tem a metade da extensão de Santa Catarina, povo com suas necessidades básicas bem atendidas, empregos para todos, segurança social, país rico, enfim, porém… A meninada subindo pelas paredes. Será que nasceram assim, com uma válvula queimada? Claro que não, tudo é conseqüência da cabeça dos pais, dos adultos, dos crescidos… Lá como aqui, tudo igual. E muitos néscios ficam nessa de que a Inteligência Artificial nos vão levar à suspirada felicidade. Pelo contrário, as tecnologias estão nos levando para o abismo das loucuras, do isolamento e, no caso das crianças, no afastamento das naturais brincadeiras da infância. Hoje o guri nasce e meses depois já está com o celular – “indispensável” – nas mãos. Coitado. A Dinamarca precisa de aulas de saúde mental nas escolas, imagino como as coisas não estão por lá… E aqui? É bom não esquecer que os frutos não caem longe dos pés… Se os pais andam desnorteados, como esperar que as crianças, os jovens andem na linha, como? Não vejo saída, a maioria dita os modos, uma maioria completamente desnorteada…
EXEMPLOS
Escolha sem pensar muito… Pegue, digamos, cinco nomes dos mais freqüentes nos noticiários diários. Olhe bem, escute bem, pesquise o passado dessas figuras e… Você vai cair na realidade, são uns pamonhas, interesseiros de si mesmos, de seus “amigos” e afeitos a enganar os trouxas, os que votam por entusiasmos vazios, sem raízes senão a leviandade. É isso. E aí está o futuro para quem espera o futuro por meio dessa gente. Ou seria gentalha?
CONSELHO
Ontem reencontrei uma conhecida, não a via há muitos anos. Tomamos um café e fiquei sabendo que ela, com 56 anos, está iniciando seu terceiro casamento, nunca ficou viúva… Não perdi tempo e dei a ela um velho e prudente conselho: – “Quem escuta para descobrir e olha para perceber não erra”! Quem se apressa ou finge não ver, vai se encrencar. Vale para todas as amigas que agora estão me “ouvindo”…
FALTA DIZER
Nascemos gerentes, mas… Por maioria, continuamos como “gerenciados” por outros. Falo da gerência natural, a que está dormindo ou não, diante dos nossos potenciais. Se não fizermos a nossa própria gerência, vamos passar a vida sendo mão-de-obra de segunda… Em alguma coisa, somos muito bons gerentes. É só acordar e ter fé.