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Eles e nós

Por: Luiz Carlos Prates

28/11/2025 - 07:11

Li a manchete e voltei ao passado. Um passado eterno, afinal, a minha lembrança levou-me a uma música eterna – “Meus Tempos de Criança”, escrita por Ataulfo Alves. Nessa canção, o homem se lembra de sua infância, de seus brinquedos, dos amiguinhos, da primeira guria que o encantou, e assim por diante. Dias felizes. Nessa canção – “Meus Tempos de Criança”, o menino, hoje homem adulto, diz que – “Eu era feliz e não sabia…”. Coisa muito típica de nós todos, termos sido felizes e não notado. Quantos e quantos de nós hoje olhamos para trás e suspiramos saudades, remorsos e sofrimentos, tudo porque éramos felizes e não sabíamos. Como ocorre agora, neste momento, muitos estão chorando, se lamentado por tolices que não valem a pena. Um dia, lá adiante, vão olhar para trás e reconhecer: – Pô, eu era feliz e não sabia! A tal manchete de que falei e que me fez lembrar a música do Ataulfo Alves chegou-nos da Dinamarca. Um horror a manchete, uma danação existencial dos humanos. Diz assim: – “Dinamarca terá aulas de saúde mental em todas as escolas a partir do ano que vem”. Tudo porque crianças e adolescentes estão subindo pelas paredes, danados mentalmente. E veja bem, a Dinamarca tem a metade da extensão de Santa Catarina, povo com suas necessidades básicas bem atendidas, empregos para todos, segurança social, país rico, enfim, porém… A meninada subindo pelas paredes. Será que nasceram assim, com uma válvula queimada? Claro que não, tudo é conseqüência da cabeça dos pais, dos adultos, dos crescidos… Lá como aqui, tudo igual. E muitos néscios ficam nessa de que a Inteligência Artificial nos vão levar à suspirada felicidade. Pelo contrário, as tecnologias estão nos levando para o abismo das loucuras, do isolamento e, no caso das crianças, no afastamento das naturais brincadeiras da infância. Hoje o guri nasce e meses depois já está com o celular – “indispensável” – nas mãos. Coitado. A Dinamarca precisa de aulas de saúde mental nas escolas, imagino como as coisas não estão por lá… E aqui? É bom não esquecer que os frutos não caem longe dos pés… Se os pais andam desnorteados, como esperar que as crianças, os jovens andem na linha, como? Não vejo saída, a maioria dita os modos, uma maioria completamente desnorteada…

EXEMPLOS

Escolha sem pensar muito… Pegue, digamos, cinco nomes dos mais freqüentes nos noticiários diários. Olhe bem, escute bem, pesquise o passado dessas figuras e… Você vai cair na realidade, são uns pamonhas, interesseiros de si mesmos, de seus “amigos” e afeitos a enganar os trouxas, os que votam por entusiasmos vazios, sem raízes senão a leviandade. É isso. E aí está o futuro para quem espera o futuro por meio dessa gente. Ou seria gentalha?

CONSELHO

Ontem reencontrei uma conhecida, não a via há muitos anos. Tomamos um café e fiquei sabendo que ela, com 56 anos, está iniciando seu terceiro casamento, nunca ficou viúva… Não perdi tempo e dei a ela um velho e prudente conselho: – “Quem escuta para descobrir e olha para perceber não erra”! Quem se apressa ou finge não ver, vai se encrencar. Vale para todas as amigas que agora estão me “ouvindo”…

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FALTA DIZER

Nascemos gerentes, mas… Por maioria, continuamos como “gerenciados” por outros. Falo da gerência natural, a que está dormindo ou não, diante dos nossos potenciais. Se não fizermos a nossa própria gerência, vamos passar a vida sendo mão-de-obra de segunda… Em alguma coisa, somos muito bons gerentes. É só acordar e ter fé.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.