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Legítima defesa: pai e filha são absolvidos novamente em caso de homicídio em Jaraguá do Sul

Foto: Arquivo/OCP News

Por: Gabriel JR

26/11/2025 - 16:11 - Atualizada em: 26/11/2025 - 16:59

Pai e filha foram novamente absolvidos da acusação de homicídio qualificado pela morte de Luiz André Alves, ocorrida em setembro de 2020, no bairro Rio da Luz, de Jaraguá do Sul. O segundo julgamento aconteceu nesta terça-feira (25), após recurso do Ministério Público de Santa Catarina contra a primeira decisão, que já havia reconhecido legítima defesa.

No novo júri, os jurados mantiveram o entendimento anterior e votaram pela absolvição, com quatro votos favoráveis. A defesa celebrou o resultado.

O advogado Luiz Fernando Franzner, responsável pela defesa dos dois réus, destacou que o julgamento foi longo e complexo, estendendo-se das 13h às 19h. Segundo ele, o conselho de sentença acolheu mais uma vez a tese de que pai e filha reagiram para se proteger do jovem, que estaria embriagado, portando uma arma e avançando contra ambos no momento dos fatos.

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Franzner explicou que, durante o julgamento, os jurados também concluíram que a mulher — companheira da vítima — não foi autora do disparo. A defesa sustentou que o tiro ocorreu de forma acidental enquanto ela e a vítima disputavam a posse da arma artesanal.

Já em relação ao pai, o júri considerou comprovado o golpe com arma branca, mas entendeu que ele agiu em legítima defesa ao tentar resguardar a própria vida, a da filha e a dos netos presentes no local.

Ambos responderam ao processo em liberdade até o novo julgamento. Com a decisão desta terça-feira, o caso se encerra no Tribunal do Júri, mantendo-se a absolvição dos dois acusados.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o episódio ocorreu por volta das 18h de 20 de setembro de 2020, na Estrada Expedicionário Alvino Hornburg, quando o jovem se preparava para tomar banho. A acusação afirmava que a mulher teria disparado com uma arma artesanal, enquanto o pai teria utilizado uma arma branca contra Luiz André, que não resistiu aos ferimentos.

Natural de Canoinhas, Luiz André tinha 24 anos. O caso foi o primeiro homicídio registrado em Jaraguá do Sul em 2020. Na época, a polícia informou que a arma usada no crime pertencia ao próprio Luiz, que estava em liberdade provisória e possuía passagens por furto, rixa, lesão corporal contra criança e maus-tratos.

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Gabriel JR

Repórter e radialista com 15 anos de experiência na área de comunicação