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Ele teve sorte – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

24/11/2025 - 07:11

O apito final no jogo da vida, a morte, ninguém sabe quando vai ser. Pode ser daqui a pouco, vai saber. Vem dessa verdade a consistência da pregação budista para que vivamos o aqui e agora, não há outro momento nem lugar na vida senão o aqui e agora. Viver olhando para o passado é uma amarração severa, o que foi já foi e não voltará, e o que vai ser ninguém sabe. Sobra-nos o aqui e agora. Dei estas voltas porque acabei de ler a história de um colega jornalista, uma entrevista que ele concedeu depois de passar por muitas encrencas e… Ter escapado. O colega diz na entrevista que – “Aos 49 anos reinventei-me e aprendi a colocar a saúde e a família em primeiro lugar”! O colega teve uma doença braba… E o que me traz a esta conversa foi ele ter dito que “A doença o fez ter a consciência clareada e dar prioridade a partir de agora à saúde e à família”. Novidade? Quem de nós não dá de ombros ou por “esquecimento” ou por negligência mesmo a questões que nos são os alicerces da vida? A velha história que vivo repetindo, aquela do samba de Ataulfo Alves que diz, certa altura: – “Eu era feliz e não sabia”… A grande maioria do rebanho humano, muito mais os homens que as mulheres, negligenciam – por medo – ir ao médico, fazer as consultas habituais, ano a ano, consultas de que todos precisamos. Será que não sabemos que prevenir é melhor que remediar? Mas é a velha história também de só notarmos que as telhas do nosso telhado caseiro estão quebradas depois que a chuvarada chega… Sim, e a família? É outro “esquecimento” mais ou menos coletivo. – “Ah, coisa chata, família”! É o que muitos embrulhados da cabeça dizem, só que… Quando o bicho-papão lhes vem apertar o pescoço, correm para baixo da saia da família, do pai, da mãe, dos irmãos, de seja lá quem for. Consciência e gratidão são virtudes de poucos na vida, infelizmente… Resumindo a ópera, quem tem saúde e família tem tudo na vida, o mais são acréscimos que só terão valor com o vigor da saúde e o leque da família. Mais que isso? Sorte? Ao colega, um abraço e que não esqueça dessa “sorte”.

ERROS

Dependência neurótica, vício, seja o que for, não dispenso ter um rádio ligado perto de mim, tenho vários em casa. Quando trabalho fico na música, quando é outra coisa fico no “lero-lero”. Acabei de ouvir uma música em que o cantor dizia: – “Errar é aprender”. Devia ser, mas poucos aprendem. Maioria vive tropeçando e nunca aprende, o erro nunca está neles, está nos outros ou no azar. Vão continuar tombando. Aliás, os inteligentes nem precisam errar, aprendem pelos erros alheios…

PEQUENEZ

Muita gente, silenciosamente, se considera inferior nos encontros sociais, ou mesmo quando sozinhas vivem essa pequenez, porém… Esquecem que todo crescimento humano resulta, de um modo ou de outro, desse sentimento. Todos somos inferiores aqui ou ali, mas podemos crescer, e muito, muitíssimo, desde que acendamos o pavio das nossas potencialidades com ações determinadas. Ficar só nas comparações derruba o poste das nossas energias.

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FALTA DIZER

Frases provocativas não são para serem engolidas, são para serem avaliadas. O escritor francês Somerset Maughan (1874/1965) um dia escreveu que: – “Uma mulher pode ser inteligente como for, mas se não for bonita, isso não vai adiantar nada”. Frase cáustica, mas… Quem deve decidir sobre ela são elas, as mulheres.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.