Nem nos outrora chamados hospícios foram encontradas pessoas que não queriam saber de prazer, felicidade e sorte. Todos sempre desejamos essas três bênçãos em nossas vidas. Agora, tem uma coisa: se é verdade que não podemos colher sem antes ter semeado, ninguém vai ter sorte ou ser feliz na vida ficando na maciota do não fazer nada, no sentar e ficar esperando. Ontem, como de hábito, saí para minha caminhada diária, fones nos ouvidos e um palestrante americano me lembrando verdades. Os fones e o palestrante são para otimizar o tempo da caminhada. E se insisto nessa conversa é para estimular os meus amigos que estão resistindo aos exercícios, às caminhadas. Na palestra de ontem, o palestrante falou sobre princípios budistas e sorte. A sorte que todos queremos na vida. Antes de tudo, sorte é um ponto de vista. O que para mim pode parecer sorte, felicidade, para outros não será nada disso. Ponto de vista, mundo dos diferentes percebedores. Não devemos esquecer que a sorte não nos vai bater à porta, escancarando um sorriso largo, se não fizermos, antes, a nossa parte para ajudá-la. A sorte precisa de ajuda, precisa do nosso suor. Todos os dias ouço alguém falar de um casamento azarado, ela descobriu que ele não prestava ou ele descobriu que ela era apenas uma belezinha física, nada mais… Foi falta de sorte dos “pombinhos”? Não, não foi. Foi leviandade. Escolheram errado, escolheram pelo físico, pelo sobrenome, pelo saldo bancário, por isto ou por aquilo, não pelo caráter. Outros se dizem sem sorte no trabalho. Aí você vai observá-los com cuidado e… Descobre que são semi-qualificados, desatentos, indolentes, mas… Querem ganhar bem, ser promovidos, distintos, enfim. Molambos existenciais, isso sim. Nossa sorte na vida depende do somatório das nossas ações, das nossas expectativas, jamais de expectativas sem ações, sem propósito, sem fé. A sorte é uma menina muito arteira, ela gosta de sopros na vida dela, ela gosta de ouvir, bem baixinho: – “Ó, sorte, estou fazendo tudo que preciso fazer para tê-la ao meu lado, ta”? A sorte nos ouve e mando o recado: -“Estou chegando, espera um pouquinho”! E quando a sorte nos manda esse recado, ah, podemos sorrir, mas jamais esperar sentados. A sorte não gosta de descansos…
SORTE
Não sei se elas dizem brincando, se dizem por costume ou se dizem acreditando mesmo no que dizem. Falo das pessoas que se dizem sem sorte. Azar é a desculpa dos frustrados, dos fracassados por não tentarem destemidamente chegar ao ponto desejado. Quem acredita que é possível, quem se prepara, quem não esmorece diante de tombos eventuais vai descobrir-se sem surpresas que é uma pessoa de sorte. O mais é desculpa fria ou vadiagem pétrea.
CRENÇAS
Por mais idiotas que sejamos, temos dentro de nós uma consciência afinada, uma consciência que nos faz ver que muitos dos medos que temos são tolices. Falo por mim, tenho alguns sustos que não nasceram comigo, medos que me foram “impostos” no convívio com familiares durante a primeira infância. Crescemos, sabemos do ridículo de certos medos ou preconceitos, porém… É preciso ter a força de Sansão para chutar esses condicionamentos para o lixo da vida. E hoje? Pobres crianças.
FALTA DIZER
Ele foi educado, eu não sou… Cleber Machado, narrador de futebol na televisão, disse numa entrevista que – “A informalidade diante das câmeras e dos microfones não tem volta: virou quase obrigação”. – Cleber, “obrigação” gerada pela incompetência, mediocridade dos diretores das empresas. As tevês, maioria, estão virando circo…