À noite, ajeitamos o travesseiro, puxamos a colcha ou o cobertor, viramos para o canto, suspiramos e dormimos o sono dos justos, ou mesmo o sono dos santos… – “Aí, Prates, mas quando isso”? Quando vamos para a cama com a consciência tranqüila e, sobretudo, quando levamos para o nosso sono a lembrança de uma graça que fizemos a alguém, uma ajuda, mão estendida, um apoio de qualquer sorte. O grande segredo da felicidade, e por isso do sono bom e tranqüilo, é a contribuição que fazemos e não a acumulação. Essa frase deve ter sido dita pelo bom Samaritano, tão velha ela é. Ocorre que nossas vidas costumam ser de “leviandades”, e a mais imediata que me ocorre lembrar é a do trabalho que a maioria faz. Faz por precisar do dinheiro do salário, mas muito pouco ou nada pelo prazer da contribuição. Nosso trabalho deve ser, por decisão nossa, uma contribuição. Digamos que eu trabalhe numa loja, venda sapatos. Estou ali, atrás do balcão, esperando pelos clientes e… Chega um cliente, nesse momento jamais posso pensar – “Ai, que saco, mais um chato”! Tenho que pensar, por um entusiasmo meu, de satisfazer esse cliente, de fazê-lo sair da loja olhando para os pés, feliz com a compra e com o bom atendimento… Quem faz isso? Raríssimos, e até mesmo entre muitos donos do negócio. Levar para a cama à noite boas lembranças do que fizemos durante o dia, das contribuições que prestamos, nada melhor para deitar e dormir. E não há desculpa que nos possa isentar desse bom “samaritanismo”… Viver para acumular é não se dar conta de que “tudo” vai um dia ser deixado, e esse dia pode estar logo ali… Tudo o que aprendemos na vida aprendemos de outras pessoas, foram nossos contribuintes, então, teremos também que fazer a nossa parte: passar adiante o que ganhamos desses contribuintes, um giro sem fim. E nada disso com pensamentos reduzidos, de nos querer transformar em anjos da guarda, mas apenas fazer e cumprir nosso papel na vida: contribuir, nada de guardar, acumular. Pais “enriquecem” a vida dos filhos não com o dinheiro que lhes vão deixar, mas com a filosofia do contribuir, ajudar, passar adiante o bem de que somos capazes. Tudo o mais é repicar de falsos tamborins e insônias à noite.
ESTÔMAGO
Estômago e intestino são irmãos gêmeos, eles se nutrem, se libertam ou se trancam dependendo do modo como pensamos. Para o estômago, o que é bom comemos; o que é ruim vomitamos. Não é assim que dizemos? E o intestino, na “prisão de ventre”, segura o que pode, simbolicamente não querendo perder nada. Psicologia pura. Os remédios dão uma ajudazinha, mas se os pensamentos não mudarem, podemos tirar o time de campo, não vão resolver. Certo? Ah, que bom!
EXEMPLOS
Já nem enxergo mais as teclas, tanto tenho batido nelas, as mesmas. Vamos lá. O exemplo vem de cima, diz o ditado. Não esqueçamos disso ao educar crianças e a nós mesmos. O diacho é encontrar bons exemplos. Na escada social, quanto mais olhamos para cima, menos bons exemplos encontramos. Os embusteiros chegam mais cedo aos “Poderes”. Mas quem sobe sem cuidados, vai levar um tombão, ah, vai. Questão de tempo…
FALTA DIZER
As “modernidades”, em Florianópolis, chegaram para ficar. Agora, quando nos convidam para uma festinha familiar, temos que nos preparar, levar a comida e a bebida. Acabaram-se as festinhas que eram “gratuitas” e inesquecíveis. Agora os convites são, antes de tudo, aos bolsos dos convidados. Tempos modernos…Credo!