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MPSC instaura procedimentos e apura brigas entre torcidas e possível crime de racismo em jogo entre Avaí e Remo

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Por: OCP News Florianópolis

18/11/2025 - 13:11 - Atualizada em: 18/11/2025 - 13:54

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) está apurando os episódios de briga entre as torcidas do Avaí e do clube do Remo, do Pará, ocorridos no sábado (15), dentro e fora do estádio da Ressacada, em Florianópolis, em jogo pela Série B do Campeonato Brasileiro, e também um possível crime de racismo decorrente de suposta xenofobia por uma torcedora do Avaí contra torcedores do Remo durante a mesma partida.

São duas apurações conduzidas por duas Promotorias de Justiça do MPSC na Capital: a 29ª Promotoria de Justiça apura as brigas entre torcedores dos dois times e a 40ª Promotoria de Justiça apura a suspeita de crime de racismo decorrente de suposta xenofobia por uma torcedora do Avaí contra torcedores do Remo.

A 29ª Promotoria de Justiça da Capital, com atuação na área do consumidor, instaurou um procedimento administrativo relativo às brigas entre as torcidas que ocorreram dentro e fora do estádio, por determinação da Promotora de Justiça Priscila Teixeira Colombo.

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Segundo a Promotora de Justiça, foram expedidos ofícios pela 29ª PJ à Polícia Militar para que preste esclarecimentos sobre os fatos, inclusive sobre a eventual identificação dos torcedores envolvidos. Ela também determinou a notificação da torcida organizada Mancha Azul, do Avaí, para que preste informações e manifeste-se sobre o episódio.

O outro procedimento investigatório do MPSC é da 40ª Promotoria de Justiça da Capital, que reúne a atribuição de enfrentamento ao racismo em todo o Estado de Santa Catarina. De acordo com o Promotor de Justiça titular da 40ª PJ, Jádel da Silva Júnior, com base nas informações divulgadas em veículos de comunicação, haverá um procedimento para apurar possível crime de racismo decorrente de suposta xenofobia por uma torcedora durante a partida de sábado contra torcedores do Remo.

O procedimento da 40ª PJ buscará identificar e qualificar a torcedora e também ouvi-la. Além disso, ressalta o Promotor de Justiça, o MPSC também irá verificar quais medidas serão tomadas pela direção do Avaí sobre os fatos e, ao final do procedimento, poderão ser identificadas algumas ações que possam ser recomendadas ao clube para prevenir e reprimir situações como essas.

O Avaí informou, por nota, de que identificou a torcida e afastou das atividades na Ressacada, como jogos e atividades, imediatamente suspenso por tempo indeterminado.

“O Avaí Futebol Clube é um espaço de paixão e união. Atos racistas de indivíduos não representam a grandeza e os valores da nossa torcida. Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”, diz a nota.

Nota do Avaí

“O Avaí Futebol Clube reitera seu posicionamento de repúdio inequívoco e total à conduta racista e xenófoba manifestada por uma torcedora durante a partida entre Avaí x Remo.

O racismo é um crime grave que não pode ser tolerado dentro ou fora dos estádios.

Por isso, queremos esclarecer à nossa torcida e à sociedade as ações que estão sendo tomadas e que reforçam nossa postura:

Identificação e Acompanhamento:

Tão logo tivemos ciência do ocorrido, iniciamos o processo de identificação da pessoa responsável. Estamos em total colaboração com as autoridades competentes para que as investigações sejam concluídas e as sanções legais, aplicadas.

Medidas Internas:

Após a identificação, a torcedora terá seu acesso aos eventos do clube, como jogos e atividades, imediatamente suspenso por tempo indeterminado.

Compromisso Social:

O Avaí não se exime de sua responsabilidade social. Reafirmamos nosso compromisso de promover ações e campanhas educativas para combater o racismo e todas as formas de discriminação. É nosso dever usar o alcance do futebol para construir uma sociedade mais justa e igualitária.

O Avaí Futebol Clube é um espaço de paixão e união. Atos racistas de indivíduos não representam a grandeza e os valores da nossa torcida. Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”.

Nota da PMF

“A Prefeitura de Florianópolis repudia veementemente o episódio de racismo e xenofobia ocorrido no último sábado, 15, durante partida futebolística realizada na Capital. Violências como essas, além de criminosas, são inaceitáveis e não representam os valores da nossa cidade nem o espírito do esporte, que deve ser sempre um espaço de respeito, convivência e inclusão”.

Postagem do prefeito

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