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Alternativa “light” para liderar frente de esquerda?

Por: Claudio Prisco Paraíso

13/11/2025 - 07:11

Recentemente, numa plenária do PT em Joinville, Décio Lima falou, com todas as letras, que estava ansioso pelo debate eleitoral. O petista já participou das últimas duas eleições como candidato a governador. Ele afirma que, diante do “sucesso” (uma fábula) do governo Lula, teria condições de debater com Jorginho Mello e João Rodrigues, deixando evidenciado ao eleitorado catarinense os avanços da administração federal. Se vier com essa lorota, será facilmente tratorado pelos adversários. Isso ocorreu depois que o Palácio do Planalto sinalizou ao presidente do Sebrae Nacional que sua candidatura ao governo seria imprescindível para dar um forte palanque a Lula da Silva no projeto de reeleição.

Câmara Alta

A correção de rumo foi necessária porque Décio Lima já estava com a ideia de concorrer ao Senado e, no segundo voto, beliscar, quem sabe, a segunda vaga. Só que, paralelamente a isso, o vice-presidente Geraldo Alckmin começou a articular, também com integrantes do PT Nacional, uma alternativa diferenciada em Santa Catarina.

Característica

O estado é conhecido pelo seu perfil potencialmente conservador e, desde 2018, bolsonarista. Então, talvez a estratégia não fosse lançar alguém do PT, mas um nome de perfil menos radical (até com um perfume meio conservador), alguém alistado em um dos apêndices do PT, como o PSB.

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Ligações

Neste partido hoje está abrigado o vice-presidente da República, que responde, ainda, pelo Ministério da Indústria e Comércio. Tentaram, inicialmente, o nome de Raimundo Colombo, que foi duas vezes governador e está no PSD, embora meio desconfortável, meio escanteado, considerando que perdeu as duas últimas eleições para o Senado.

Fora dessa

Colombo poderia vir a ser uma alternativa? Ele foi sondado por Gelson Merísio e declinou. O ex-deputado atua, também, como interlocutor de Décio Lima. Aliás, articulou sua candidatura ao governo em 2018.

Nos bastidores

Décio inclusive o convidou para vice. Merísio não aceitou e encaixaram um nome do Sul. Ao Senado, Dário Berger como candidato à reeleição.

Raciocinando

Novamente, Merísio pode estar articulando nos bastidores para encontrar outra alternativa. Mas Raimundo Colombo foi seu correligionário no PSD.

Ex-tucano

O outro nome que está no radar é o do ex-vice-governador, ex-senador e ex-deputado federal Paulo Bauer. Só que aí a interlocução não seria via Gelson Merísio, mas através do próprio Geraldo Alckmin, com quem Paulo Bauer dividiu o mesmo espaço partidário, o PSDB. Ambos frequentaram por muito tempo o ninho dos tucanos. Se conhecem muito bem.

Olho no olho

Recentemente, Paulo Bauer inclusive esteve com Alckmin em Brasília. De início, a pauta seria de natureza administrativa, tendo em vista os novos desafios profissionais de Bauer. Há, contudo, quem já coloque que a conversa política também ocorreu.

Nuvem passageira

Há certa reação em setores do PT ao nome de Paulo Bauer, mas nada que não seja contornável, principalmente se essa solução merecer a aprovação do próprio inquilino do Palácio do Planalto. Se Lula da Silva batizar, confirmar, carimbar, respaldar, todos acabam se submetendo no âmbito do PT catarinense. Isso é uma realidade insofismável.

Guinada

Paulo Bauer já foi candidato a governador em 2014, na reeleição de Raimundo Colombo, e, por menos de um ponto percentual, não provocou o segundo turno.

Diluição

Então, uma vez ele disputando pelo PSB e João Rodrigues pelo PSD, na verdade teríamos três candidaturas conservadoras. Neste contexto, a possibilidade de a eleição não ser liquidada no primeiro turno seria muito grande.

Novos

Até porque não pode ser descartada também uma quarta candidatura: a de Adriano Silva, prefeito de Joinville, que não deseja renunciar. Ocorre que, se Romeu Zema for candidato a presidente, o joinvilense teria que oferecer palanque ao mineiro. Adriano e Zema são correligionários do Novo, partido de direita e conservador.

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