A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realiza na próxima quarta-feira (12), a instalação de novas armadilhas para o monitoramento do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e chikungunya. A ação faz parte do trabalho contínuo da Vigilância Epidemiológica e do Departamento de Controle de Zoonoses (DCZ) para facilitar o acompanhamento do vetor em diferentes regiões da cidade. Até outubro, Florianópolis registrou aproximadamente 1.867 casos confirmados de dengue, com 140 internações e três óbitos. O número representa uma queda significativa em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 11.740 casos, 283 internações e 23 mortes.
As ovitrampas são armadilhas simples e eficazes utilizadas para detectar precocemente a circulação do mosquito, compostas por um recipiente preto com água e uma palheta de madeira que simula o ambiente ideal para o depósito de ovos. Serão instaladas mais de 1.200 ovitrampas em todos os bairros da cidade, numa distância média de 300 metros entre elas para garantir a cobertura de todas as regiões do município, conforme a norma técnica do Ministério da Saúde.
Alguns dias após a instalação, as equipes de Agentes de Combate a Endemias (ACEs) recolhem as palhetas e encaminham o material ao laboratório para a contagem e análise dos ovos. Os dados obtidos permitem identificar o nível de infestação nos diferentes bairros e regiões, facilitando o direcionamento das ações de controle, bloqueios e campanhas educativas.
“Essas armadilhas serão permanentes, com a substituição das palhetas, análises laboratoriais regulares e monitoramento mensal. Assim, podemos mapear com precisão os locais de circulação do mosquito e direcionar nossos esforços de maneira mais eficiente, sempre com o apoio fundamental da população”, destaca a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Florianópolis, Marinice Teleginski.
Apesar da ampliação da tecnologia, a atuação dos Agentes de Combate a Endemias continua sendo fundamental. As ovitrampas não substituem as visitas domiciliares, apenas indicam as áreas prioritárias para que os agentes concentrem o trabalho de orientação, eliminação de criadouros e controle direto do Aedes aegypti nos locais com maior risco. Para evitar a proliferação dos mosquitos, é importante eliminar recipientes que possam acumular água parada – como vasos, garrafas e pneus, manter caixas d’água bem fechadas, limpar calhas e ralos regularmente e evitar o acúmulo de lixo e entulhos em quintais.