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Eles não se emendam. Nunca

Por: Claudio Prisco Paraíso

30/10/2025 - 07:10

O PT realmente é um partido que não toma jeito. Em Santa Catarina, não é diferente da realidade nacional. Por aqui, a principal liderança atende pelo nome de Décio Lima. Ele andava desaparecido da província — afinal de contas, o petista preside o Sebrae nacional, instituição que, como já registramos em outras oportunidades, tem um orçamento bilionário. Mais expressivo do que muitos ministérios de Lula da Silva. Então o cidadão anda pelo mundo afora, pelo Brasil, mas pouco se acompanha das ações do Sebrae em favor de Santa Catarina. Isso, contudo, é outra história. A abordagem de hoje é de natureza política. Décio Lima deixou de ser presidente do PT. Não por opção. A bancada se reuniu e decidiu que era hora de renovação. Até porque o compadre de Lula da Silva não para em Santa Catarina desde que assumiu o Sebrae. Embretado, Décio deixou o poder partidário e abriu mão da reeleição em favor de um deputado da sua corrente, Fabiano da Luz.

Dupla

Fez isso porque outros dois parlamentares vermelhos também entraram no páreo — ambos de alas diferentes da do chefão do Sebrae. São eles Pedro Baldissera e Luciane Carminatti.

Mundo da lua

No fim de semana passado, Décio esteve em Joinville para uma plenária do partido. Ali fez um discurso sui generis, pois ficou parecendo que o cidadão vive em outro país.

Verborragia

Entre as barbaridades proclamadas pelo vermelho catarinense — e foram muitas — destaque para a afirmação de que o Brasil não tem inflação. Segundo Décio Lima, o país vive uma deflação. Este país, o paraíso dos comunistas, também, segundo a visão do ex-prefeito de Blumenau, não tem desemprego.

Mentiras de terno

A propaganda petista, ao melhor estilo Pinóquio, evidentemente prega que o Brasil vive pleno emprego. Na contabilidade do PT, os dependentes do bolsa-voto — ou melhor, Bolsa Família — não estão desempregados. A matemática da esquerdopatia então acaba considerando que a migalha que escraviza milhões é uma espécie de emprego. Desfaçatez e cara-de-pau pouca é bobagem, não é mesmo?

Lorota

Segundo essa turma comunista, a miséria sumiu do mapa no Brasil. Ah, tá. Nós, simples mortais, é que estávamos vivendo um pesadelo, mas acabamos de acordar no paraíso petista. Décio Lima e sua turma devem estar vivendo em outro país ou perderam completamente o juízo. Ou simplesmente seguem debochando da população e se vingando de quem não lambe as botas do regime. É o que se conclui depois de tantas atrocidades verbalizadas em Joinville.

Enquadrado

Décio deixou claro que seu plano de concorrer ao Senado, com a expectativa de beliscar o segundo voto, foi abortado por Brasília — pelo Palácio do Planalto. Isso porque seu compadre e eterno candidato à reeleição mandou avisar que quer um palanque robusto em Santa Catarina.

Pinus elliottii

Como o PT não tem nenhum outro nome para lançar ao governo em terras catarinenses, Décio Lima vai para o sacrifício na terceira candidatura consecutiva à administração estadual. Registre-se: contrariando seu desejo. Nessa balada, ele declarou que não vê a hora de enfrentar a campanha eleitoral para debater com Jorginho Mello e João Rodrigues.

Piada pronta

Segundo o falastrão petista, os outros dois pré-candidatos não vão ter coragem de abrir o bico para falar o que quer que seja contra Lula da Silva. É pra rir ou pra chorar? Alguém em sã consciência realmente acredita nisso? As afirmações do petista local são absolutamente inacreditáveis.

Histórico

De qualquer forma, vamos recapitular as votações de Décio em 2018, quando concorreu sozinho pelo PT, sem apoio de nenhum outro partido de esquerda. Naquela oportunidade, o petista fez 12,5% dos votos. Depois, em 2022, quando carimbou presença no segundo turno, o amigão de Lula fez 17,5% dos sufrágios. E só conseguiu esse feito porque, em Santa Catarina, foram cinco candidaturas conservadoras.

Nocaute

Além de Jorginho Mello, que o enfrentou e lhe infligiu uma derrota acachapante no segundo turno — conquistando 72% dos votos contra apenas 28% de Décio Lima — tivemos o governador da época, Carlos Moisés da Silva, que foi à reeleição; o ex-governador e hoje senador Esperidião Amin; o ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, que renunciou ao paço da Capital para concorrer; e também Odair Tramontin, do Novo.

Demiurgo

Soma-se a essa pulverização de candidaturas conservadoras em 2022 o fator Lula — que foi descondenado e saiu diretamente do xilindró para novamente concorrer à Presidência. Sem dúvida, a deidade vermelha foi um impulsionador de transferência de voto mais significativo do que Fernando Haddad em 2018.

Desafio

Agora é observar até que ponto Décio Lima conseguirá suplantar a performance de 2022 — se conseguirá bater na casa dos 20% no primeiro turno.

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