O governador Jorginho Mello (PL) confirmou no fim de semana que o nome de seu vice na chapa à reeleição sairá das fileiras do MDB, parceiro central de sua base. A declaração movimentou o cenário político catarinense e acendeu a disputa interna em torno de quem ocupará o posto — especialmente em Jaraguá do Sul, berço de duas das principais apostas emedebistas.
De um lado, Carlos Chiodini, deputado federal com forte trânsito na ala política tradicional do partido, consolidado nos bastidores e reconhecido como articulador hábil dentro da estrutura emedebista.
Do outro, Antídio Lunelli, empresário e deputado estadual, que simboliza a força econômica e a renovação de perfil mais à direita, com discurso alinhado à gestão, eficiência e defesa do setor produtivo — bandeiras que dialogam diretamente com o estilo de governo de Jorginho.
Nos bastidores, há ainda quem cite um terceiro nome: o da senadora Ivete da Silveira (MDB), que correria por fora nessa disputa. Embora com menor ligação direta com Jaraguá do Sul, Ivete é vista como uma figura de consenso, capaz de unir diferentes alas do partido e oferecer uma alternativa mais neutra a um eventual embate entre Chiodini e Lunelli.
A escolha, portanto, vai além de nomes. Ela definirá que rumo o governador pretende dar à sua aliança com o MDB — se mais próxima da política tradicional ou mais conectada à gestão e ao pragmatismo empresarial que ganham espaço em Santa Catarina.