O Irmão do Rei Charles III, o Príncipe Andrew renunciou a seus títulos reais, incluindo o de Duque de York, anunciou oficialmente o Palácio de Buckingham nesta sexta-feira (17).
Em um breve comunicado, o próprio Andrew afirmou que a decisão foi tomada após conversa com a família real e com o irmão.
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Com o nome envolvido em vários escândalos – políticos e sexuais – nos últimos anos, o príncipe continua a alegar inocência.
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Ele já havia renunciado às funções reais em 2019 e demovido de seus títulos militares em 2022 após ser acusado de agressões sexuais e de envolvimento com o empresário americano Jeffrey Epstein.
As filhas do príncipe Andrew, as princesas Beatrice e Eugenie, manterão seus títulos, segundo a emissora britânica BBC.
Andrew não passará o natal com a Família Real, em Sandringham. O ex-duque de York segue como prínicpe e deve manter sua casa em Windsor, a Royal Lodge.
Veja a íntegra do comunicado:
“Em discussão com o Rei e minha família, tanto imediata quanto externa, concluímos que as constantes acusações contra mim me desviam do trabalho de Sua Majestade e da Família Real. Decidi, como sempre, priorizar meu dever para com minha família e meu país. Mantenho minha decisão de cinco anos atrás de me afastar da vida pública.
Com a concordância de Sua Majestade, sentimos que devo agora dar um passo adiante. Portanto, não usarei mais meu título nem as honras que me foram conferidas. Como já disse, nego veementemente as acusações contra mim”.
Em 2014, Andrew foi acusado de estupro pela ativista Virginia Louise Giuffre; segundo Giuffre, Jeffrey Epstein e sua companheira, Ghislaine Maxwell, teriam lhe levado para prestar serviços sexuais para o príncipe em março de 2001, quando Giuffre tinha 17 anos.
Além das acusações ligadas ao empresário e traficante sexual Jeffrey Epstein, Andrew é suspeito de conexão com um espião chinês, identificado apenas como “H6” pelo Ministério do Interior britânico.
Andrew chegou a convidá-lo para sua festa de aniversário em 2020, segundo informações reveladas pela Justiça. Além disso, o suposto espião também tinha permissão para agir em nome do príncipe na busca por investidores chineses.
Ele também enfrenta acusações de racismo.