A missa de sétimo dia em memória do padre dehoniano Francisco Sehnem, conhecido carinhosamente como “Padre Chico”, será celebrada na quarta-feira (22), às 19h30, na Capela do Noviciado Nossa Senhora de Fátima, em Jaraguá do Sul. O momento será uma homenagem ao sacerdote que dedicou mais de meio século à vida religiosa e à formação de novos padres.
Padre Francisco faleceu na manhã da última terça-feira (14), aos 82 anos, em Jaraguá do Sul. Mesmo com a saúde fragilizada nos últimos anos, fiéis e pessoas próximas a ele relataram que manteve até o fim uma presença serena, um olhar acolhedor e palavras que refletiam sabedoria e fé.
A Santa Missa de Exéquias ocorreu no dia seguinte, 15 de outubro, na mesma capela onde será realizada a missa de sétimo dia. A celebração foi presidida por Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, arcebispo emérito de Salvador e amigo de longa data do sacerdote, com a participação de dezenas de religiosos. O sepultamento aconteceu no cemitério da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, junto ao Seminário de Corupá.
Quem foi Padre Chico?
Natural de Vargem do Cedro, distrito de São Martinho (SC), Padre Francisco nasceu em 6 de agosto de 1943, filho de José Carlos Sehnem e Verônica Heinzen Sehnem. Ingressou no Seminário São José, em Rio Negrinho, em 1956, e professou seus votos religiosos no dia 2 de fevereiro de 1965, no próprio Noviciado Nossa Senhora de Fátima — local que, décadas depois, se tornaria sua última morada. Foi ordenado sacerdote em 6 de dezembro de 1970, em sua terra natal, por Dom Anselmo Pietrulla, então bispo de Tubarão.
Durante 55 anos de sacerdócio e 60 de vida religiosa, Padre Chico exerceu diversas missões na Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (Dehonianos), tanto no Brasil quanto no exterior. Atuou como vigário e pároco em São Paulo e no Paraná, além de ter se especializado em Teologia e Espiritualidade do Sagrado Coração de Jesus, em Roma.
Entre suas contribuições mais marcantes, estão os anos dedicados à formação de novos religiosos, à frente do Noviciado e de casas de formação, e sua atuação como primeiro superior da Província Brasileira Meridional, em 1995. Em Roma, colaborou com o Centro Studi Dehoniani, onde aprofundou estudos sobre o Coração de Jesus e sobre o fundador da congregação, Padre Léon Dehon.
Intelectual de vasta cultura e profundo espiritualista, Padre Francisco dominava diversos idiomas e deixou uma produção significativa de textos, ensaios e livros. Seu legado permanece vivo entre os dehonianos e os fiéis que conviveram com ele.