O novo mundo regido pela tecnologia, requer que pensemos sobre a condição e papel do professor. De antemão, é prudente reconhecer que, sendo o mundo tecnológico ou não, o professor sempre será o guia transformador que conduz os alunos no caminho do conhecimento, aprendizagem e formação.
Mas, o fato é que o mundo é substancialmente tecnológico. Por isso, nunca foi tão urgente repensar as condições e o papel do educador diante das novas ferramentas digitais que moldam a forma como aprendemos, comunicamos e interagimos. Plataformas de ensino remoto, inteligência artificial e recursos interativos chegaram para ampliar o alcance do conhecimento, mas, também para exigir do professor novas habilidades, novas linguagens e, sobretudo, reconhecimento e respeito.
No entanto, a realidade brasileira ainda é marcada pela desigualdade e pela desvalorização dessa nobre e indispensável profissão (ou missão). Salários baixos, infraestrutura precária e falta de investimento em formação tecnológica dificultam o trabalho daqueles que, em essência, sustentam o futuro da nação. Não basta oferecer computadores, tablets e softwares de última geração se não houver investimento humano: é preciso capacitar, inspirar e valorizar quem está à frente da sala de aula, seja física ou virtualmente.
A educação é a base de qualquer transformação social, e o professor seguirá sendo o alicerce dessa construção. Cabe ao poder público garantir políticas consistentes de formação continuada, atualização tecnológica e remuneração justa. Cabe à sociedade compreender que sem professores valorizados não há inovação, nem cidadania.
A tecnologia pode ser uma ponte, mas é o professor quem ensina a atravessá-la. Valorizar o educador é investir na única revolução que realmente transforma uma nação: a revolução do conhecimento.