Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

SC segue com a menor taxa de desemprego do país, aponta censo do IBGE

Foto: Divulgação/Governo de SC

Por: OCP News Florianópolis

10/10/2025 - 11:10 - Atualizada em: 10/10/2025 - 11:45

A divulgação do Censo 2022 reafirma a liderança de Santa Catarina entre os estados com os melhores indicadores de trabalho e rendimento do Brasil. Os dados do Censo Demográfico 2022 – Trabalho e Rendimento foram divulgados nesta quinta-feira, 9 de novembro, pelo IBGE.

De acordo com os dados oficiais, Santa Catarina mantém sua posição de destaque no mercado de trabalho. O levantamento revela que o Estado tem a menor taxa de desemprego do país. A taxa de desocupação em SC ficou em apenas 2,5%, a menor do país e abaixo da média nacional de 5,67%.

A liderança de Santa Catarina também é demonstrada no rendimento mensal domiciliar per capita. O estado apresenta a segunda maior renda média do país, no valor de R$ 2.220, atrás apenas do Distrito Federal (R$ 2.999) e à frente de São Paulo (R$ 2.093). A média nacional, por sua vez, ficou em R$ 1.638. Ou seja, SC registrou um rendimento 35,5% maior que a média do país. Esse resultado pode ser utilizado para caracterizar a qualidade das ocupações e a valorização da força de trabalho.

“Entre os mais de cinco mil municípios brasileiros, dois municípios catarinenses se destacam entre os que apresentam a maior renda domiciliar per capita do país: Florianópolis (R$ 3.636) e Balneário Camboriú (R$ 3.584) ocupam a terceira e quarta posição no ranking, respectivamente. O Censo 2022 representa uma fonte essencial de informações para compreendermos a realidade de nossos territórios. Os bons resultados confirmam que Santa Catarina combina crescimento econômico e oportunidades. Os dados refletem o compromisso do Estado com políticas que promovem o desenvolvimento humano, a solidez do ambiente produtivo, a inovação e qualificação profissional. Temos um ciclo virtuoso de investimento e prosperidade no estado e reconhecemos o valor de todos os setores produtivos na geração de postos de trabalho”, afirmou o Secretário de Estado do Planejamento, Fabricio Oliveira.

Protagonismo e evolução catarinense

O Censo 2022 sobre o Trabalho e Rendimento revelou que sete municípios catarinenses conquistaram taxa zero de desemprego. Ou seja, o levantamento verificou que todos os moradores com 14 anos de idade ou mais e que gostariam de trabalhar estavam empregados no período de referência. Assim, destacaram-se os municípios de Barra Bonita, Celso Ramos, Coronel Martins, Ibiam, Lajeado Grande, Santa Rosa de Lima, e Xavantina. Em todo o Brasil, apenas 29 municípios conquistaram essa posição de desemprego zero.

Cerca de 41% dos municípios catarinenses registraram taxas de desemprego igual ou abaixo de 1,0%. Nesse contexto, destacaram-se 121 dos 295 municípios de Santa Catarina. Quando considerado o patamar de até 2,0%, o número de municípios cresce significativamente, abrangendo 216 municípios.

Cabe ressaltar que Santa Catarina registrou significativa redução na taxa de desemprego. No Censo 2022, o estado registrou uma taxa de desemprego de 2,5% entre as pessoas de 14 anos ou mais, enquanto no Censo 2010 esse índice era de 3,7%.

Considerando o rendimento médio de todos os trabalhos da população acima de 10 anos, é possível avaliar o desempenho de Santa Catarina e dos municípios entre 2010 e 2022. Portanto, os resultados oferecem um retrato da evolução econômica do estado e de seus municípios.

Segundo os dados de 2022, Santa Catarina teve um rendimento médio nominal de R$ 3.389,43, resultado aproximadamente 19% superior à média nacional. Em 2010, o valor em Santa Catarina foi R$ 1.355,13.

Entre 2010 e 2022, o rendimento médio real em Santa Catarina cresceu quase 20%, conforme valores ajustados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de setembro de 2025. Cabe ressaltar que o Brasil teve crescimento de 8,63% no mesmo período. Além de superar o crescimento nacional, SC apresentou resultados acima de todos os estados da Região Sul e Sudeste.

Perfil do trabalhador catarinense

Conforme o Censo 2022 sobre o trabalho e rendimento, as mulheres representavam 44,84% dos trabalhadores catarinenses, frente aos 55,16% de homens. Quanto à cor/raça, 75,6% dos trabalhadores se autodeclararam brancos; 19,4%, pardos; 4,6%, pretos; 0,2%, amarelos; e igual proporção se declarou indígena.

Para os ocupados com 14 anos ou mais, 40,2% tinham ensino médio completo ou superior incompleto e 23,7% tinham ao menos ensino superior completo. Quanto à contribuição ao instituto de previdência, quase 81% dos trabalhadores catarinenses tinham suas relações de trabalho amparadas formalmente pela legislação, a maior taxa de formalidade do país.

Em relação as 22 atividades econômicas listadas pelo IBGE, dos quase 4 milhões de trabalhadores catarinenses, 18,5% estavam na Indústria de transformação, 17% no Comércio e reparação de veículos, 7,75% na Construção e 6,58% na Agropecuária. Nesse sentido, chama atenção o segmento da Indústria de transformação, com os 18,5% de participação dos trabalhadores catarinenses, o maior patamar dentre todas as unidades da federação, diante de uma média nacional de 10,2%.

A Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), por meio da Diretoria de Políticas Públicas, disponibiliza informativos com os indicadores do mercado de trabalho catarinense. A equipe de especialistas preparou um quadro informativo com os dados detalhados do Censo 2022 sobre o trabalho e rendimento em todos os municípios de Santa Catarina. Para dados inéditos, acesse aqui.

O que é o Censo Demográfico

O Censo Demográfico 2022: Trabalho e Rendimento: Resultados preliminares da amostra apresenta informações inéditas, com dados detalhados sobre as características da população residente que trabalha.

Em suma, os dados permitem traçar um panorama completo do mercado de trabalho e da distribuição de riqueza no Brasil, nas grandes regiões, nas unidades da federação, municípios e recortes internos. Os resultados são disponibilizados no portal do IBGE e em plataformas como o SIDRA e o Panorama do Censo.

O Censo Demográfico é realizado a cada dez anos, sob a responsabilidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Censo dimensiona a população brasileira, detalha suas características e mapeia as condições de vida no país. Revela dados fundamentais para a criação e avaliação de políticas públicas eficazes e para orientar decisões estratégicas de investimento tanto do setor privado quanto dos diversos níveis de governo. Os dois últimos Censos foram referentes ao ano de 2010 e 2022.

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp