Representar o povo catarinense é uma honra — e uma grande responsabilidade. Santa Catarina é feita de gente que acorda cedo, trabalha duro e só quer uma coisa: que o poder público funcione direito, sem enrolação e sem desperdício. Eu venho desse mundo. Comecei pequeno, primeiro na roça e depois na iniciativa privada, enfrentando dificuldades, fazendo contas, pagando impostos e gerando empregos. Foi ali que aprendi o valor do esforço, da disciplina e da responsabilidade.
Mais tarde, como prefeito de Jaraguá do Sul, tive o dever de cuidar da cidade que me viu crescer. Fui eleito com 44% dos votos e reeleito com mais de 70%. Esses resultados reforçaram em mim a convicção de que gestão pública precisa ser feita como uma boa empresa: com planejamento, controle e foco em resultados. O objetivo é o mesmo — atender bem o cliente. Só que, no caso do setor público, o cliente é o cidadão.
Cada centavo pago em imposto é suado. Por isso, o dinheiro público tem que ser tratado com dez vezes mais cuidado do que o dinheiro do próprio bolso. Não dá para sustentar estruturas que só servem para aumentar o tamanho do governo, seja municipal, estadual ou federal. É preciso cortar o que não gera resultado, revisar contratos e modernizar processos. Governo bom é o que faz mais com menos.
Em Jaraguá do Sul, criamos painéis de gestão que mostravam, em tempo real, quanto entrava e quanto saía dos cofres públicos. Essa transparência evitou desperdícios e deu previsibilidade às ações. Mesmo em tempos de crise, conseguimos investir mais em saúde, educação e infraestrutura porque havia planejamento e responsabilidade.
Transparência é outro pilar fundamental. O cidadão tem o direito de saber onde o seu dinheiro está sendo gasto. Quanto mais clareza nas contas públicas, menos espaço existe para a corrupção e mais confiança se cria nas instituições. Fazer gestão é planejar, antecipar problemas e evitar improvisos. Quando o governo investe com eficiência e responsabilidade, sobra mais para o que realmente importa: as pessoas.
E há exemplos concretos de que isso dá certo. O Paraná fez uma ampla reforma, colocou a casa em ordem, economizou R$ 7,7 bilhões e conseguiu reduzir impostos sem perder qualidade nos serviços. Isso é resultado de uma gestão firme, com limites de gastos e controle orçamentário. Santa Catarina também vem trilhando esse caminho. Mas é preciso estar sempre atento ao poder público.
O populismo fiscal é uma armadilha perigosa. Hoje, por exemplo, mais de 90% do orçamento federal está comprometido. Quando o governo gasta sem controle, falta dinheiro para saúde, educação e segurança. Não existe milagre na economia: quando o Estado gasta demais, quem paga a conta é o cidadão. Criticar é fácil, fazer é difícil. Mas é fazendo que as coisas mudam.
Como deputado estadual, tenho trabalhado para reduzir a burocracia, apoiar quem produz e tornar o serviço público mais eficiente. Defendo que os cortes de impostos venham depois da revisão dos gastos ineficientes — e que as decisões sejam tomadas com base em dados, bom senso e responsabilidade, não em cálculo eleitoral. Sei que há resistências, privilégios e pressões. Mas o Brasil precisa escolher: continuar repetindo os erros do passado ou construir um novo padrão de gestão — mais justo, moderno e responsável.
Não precisamos de salvador da pátria e já sabemos como essa novela termina. Gestão pública não é palco para discursos fáceis. É ferramenta para garantir eficiência, previsibilidade e resultado. Exige planejamento, controle e transparência permanentes. Quando o poder público funciona bem, quem ganha é o cidadão, a economia e o futuro do país. Esse deve ser o foco de quem administra: investir melhor, entregar mais e prestar contas com clareza. Só assim construiremos um Brasil mais equilibrado, competitivo e sustentável.