Diz-se que ser íntegro é viver de forma coerente entre aquilo que se pensa, aquilo que se fala e aquilo que se faz. Ou seja, escolher a integridade não é apenas “falar a verdade”, mas sustentar princípios, valores e compromissos, mesmo quando ninguém está olhando e mesmo quando agir de forma contrária poderia trazer vantagens imediatas.
Em outras palavras, uma pessoa íntegra não se deixa comprar por conveniências, não distorce fatos para benefício próprio e não trai a confiança alheia. Ela reconhece seus erros, corrige o que precisa ser corrigido e assume responsabilidade por suas escolhas.
Em resumo, integridade é, em essência, a união de caráter, honestidade e firmeza moral. É caminhar com retidão, sem precisar de máscaras, sem duplas versões, sem atalhos que comprometem o que é certo.
Por outro lado, muitas vezes, ser autêntico é um fardo: a sinceridade advinda da integridade desagrada, a transparência assusta e a verdade exposta incomoda. No “palco social”, a autenticidade pode virar obstáculo, enquanto a “máscara” suaviza conflitos, abre portas e evita choques desnecessários.
Sim, assumir um “papel teatral”, escolhendo gestos e palavras ensaiados, torna a vida mais prática, menos arriscada e até mais confortável. É a arte de representar para sobreviver, de vestir o figurino certo na cena certa.
No entanto, essa facilidade cobra um preço: quanto mais se interpreta, mais se esquece quem realmente se é.
Ao longo da minha vida pessoal, familiar, social e profissional, sempre tive a mania de ser autêntico, de falar exatamente o que me vinha à cabeça, com poucos rodeios e filtros.
E isto “piorou” nesta minha “antepenúltima” idade (a tal “septalescência”), talvez porque já vivi o suficiente para perceber que agradar a todos é impossível e que, no fim das contas, a sinceridade pesa menos do que a falsidade acumulada.
Sim, pois falando o que penso, muitas vezes de forma direta ou até brusca, carrego nessa franqueza uma liberdade rara: a de não precisar desperdiçar palavras com “máscaras e fingimentos”.
É alto, contudo, o preço da integridade, da franqueza, especialmente quando mal interpretada. Muitas vezes, a aplicação prática do “princípio da integridade” soa, aos olhos alheios, como arrogância no estilo “Presidente Trump”, transmitindo uma imagem equivocada de “sabe-tudo”, “dono da verdade” ou uma “patrola” que passa por cima sem freios.
E isto cria distorções: em vez de se ver clareza, enxerga-se imposição; em vez de firmeza, intolerância. O problema é que essa percepção “ofuscada” não vem dos que seguem na mesma trilha, mas daqueles que permanecem no acostamento da jornada, assistindo de fora o movimento de quem caminha rumo a um destino desejado.
Ainda, essa incompreensão ergue barreiras, cria resistências e acrescenta pedras no caminho, tornando mais árdua a marcha em direção ao futuro desejado.
Pois, então, Emílio, por que você não fez segredo, até a última hora, da sua intenção de se oferecer como opção para “Sindaco” (Prefeito) de Barra Velha (“velha”, até no nome) que, por incompetência e falta de gestores de visão, se perdeu demais no tempo, ficando para trás, nas últimas décadas, de todos os municípios vizinhos do litoral norte de SC, sem exceção?!?
Bem feito, cara!!! Agora aguenta as “1001” restrições de aceitação, por parte dos “incomodados” líderes empresariais, associativistas e políticos locais, que lhe tacham de “paraquedista” (morador recente) e “marinheiro de primeira viagem” (não “político de carreira”).
Oi, saudoso jaraguassulense Samir Mattar (*1934/+2016), Colega WEG e ex-Prefeito deposto de Barra Velha, de onde você estiver, me ilumine: calar para ir, mais facilmente, em frente ou continuar verdadeiro, com “a boca no trombone”?!?