Foi julgado nesta terça-feira (7) o caso do assassinato de Juliana Grasiela Pinheiro Wirth, ocorrido no dia 24 de maio de 2024, no bairro Nova Esperança, em Guaramirim. O réu, Gilberto Ludvichak, de 45 anos, foi condenado a 40 anos de prisão em regime fechado por homicídio qualificado, com as agravantes de motivo torpe, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, para assegurar a impunidade de outro crime e feminicídio.
Leia também: Homicídio em Guaramirim teria sido cometido como prova de amor
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o crime foi motivado pela suspeita de que Juliana teria feito uma denúncia contra o acusado e sua ex-namorada por maus-tratos contra uma criança. No entanto, a investigação conduzida pela delegada Roberta França confirmou que a vítima não registrou nenhuma denúncia contra o casal.

Foto: Arquivo/OCP News
Relembre o caso
Na madrugada do crime, Juliana dormia ao lado do filho de dois anos quando foi atacada com facadas no peito. O réu deixou o local após o homicídio e informou à ex-companheira que havia “resolvido a situação”. Diante da descrença da mulher, ele retornou à cena, filmou o corpo da vítima, deu comida à criança e arrumou o menino na cama. O vídeo foi mostrado à ex-namorada, que passou mal ao ver a gravação e precisou de atendimento médico. Foi nesse momento que a polícia foi acionada. De acordo com o MPSC, a criança aparece acordada ao lado do corpo e visivelmente assustada.

Foto: Fábio Junkes/OCP News
Confira: Homem que matou mulher em Guaramirim também assassinou a cunhada adolescente
Gilberto já havia sido condenado anteriormente a mais de 18 anos de prisão pela morte de Claudiane Salla Belarmino, de 15 anos, também em Guaramirim. O crime ocorreu em 2014, em um motel, onde a adolescente foi assassinada, teve o corpo queimado e ocultado. Ele estava em regime aberto desde o dia 6 de maio de 2024, poucos dias antes de cometer o novo feminicídio.
A denúncia pelo assassinato de Juliana foi apresentada pela 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Guaramirim no dia 6 de junho de 2024 e recebida pela Justiça no mesmo dia. Gilberto está preso desde o crime no Presídio de Jaraguá do Sul e não poderá recorrer da sentença em liberdade. A sessão do Tribunal do Júri foi encerrada por volta das 18h30.