Santa Catarina volta a demonstrar, com o aumento de 5% nas exportações entre janeiro e setembro, a força de uma economia que combina diversidade produtiva, empreendedorismo e capacidade de adaptação. O resultado, ainda que moderado diante de um cenário global de instabilidade, reafirma o papel do Estado como um dos motores do desenvolvimento brasileiro.
A performance catarinense tem seu motivo. O Estado construiu, ao longo das últimas décadas, uma matriz econômica sólida e multifacetada. Das indústrias metalmecânicas do Norte às têxteis do Vale, passando pelo agronegócio pujante do Oeste e pelo polo cerâmico do Sul, Santa Catarina demonstra uma competência rara: a de manter-se competitiva em diferentes setores, explorando suas potencialidades regionais sem perder coesão.
A base desse sucesso está na cultura empreendedora do povo catarinense. Pequenas e médias empresas, muitas delas familiares, evoluíram com inovação, tecnologia e abertura ao comércio exterior. Além disso, a infraestrutura logística, ainda que careça de investimentos em rodovias e portos, tem se expandido e modernizado. O Porto de Itapoá e o Complexo Portuário de Itajaí-Navegantes são exemplos de eficiência que impulsionam as exportações, especialmente de carnes, máquinas, móveis e produtos têxteis.
Mesmo diante das oscilações cambiais e das incertezas internacionais, Santa Catarina segue exportando confiança. É um Estado que cresce com base na produtividade, na cooperação regional e na valorização do trabalho. O desafio, continua sendo o de garantir que esse dinamismo siga sendo sinônimo de desenvolvimento sustentável, com investimentos em inovação, educação e infraestrutura, sobretudo nas rodovias, diga-se de passagem, pois são esses os pilares indispensáveis para que a força exportadora catarinense se traduza em prosperidade duradoura.