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Corte no orçamento DNIT: Sem justiça federativa, SC paga a conta da política em Brasília

Foto: OCP News

Por: Editorial

03/10/2025 - 06:10

Santa Catarina mais uma vez se vê diante de uma realidade indigesta: o corte no orçamento de 2026 do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) ameaça diretamente a execução e continuidade das principais obras no estado.

A notícia, denunciada pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), escancara um problema histórico: a fragilidade da malha rodoviária catarinense, reconhecida como uma das mais precárias do país, contrastando com a robustez econômica do estado, que figura entre os maiores arrecadadores da União.

É inadmissível que um território que responde por significativa fatia da riqueza nacional, que gera empregos e exporta desenvolvimento, continue refém de uma infraestrutura rodoviária defasada.

Estradas mal conservadas e obras paralisadas não apenas comprometem a segurança de motoristas e trabalhadores do transporte, mas encarecem a logística, reduzem a competitividade da indústria e dificultam o escoamento da produção agrícola e industrial. Trata-se de um impacto que atinge toda a sociedade, do empresário ao consumidor final.

O corte, longe de ser uma decisão meramente técnica ou econômica, tem fortes contornos políticos. Ao reduzir investimentos justamente em um estado que sustenta parte expressiva da balança comercial do país, o governo federal transmite a mensagem equivocada de que a infraestrutura pode ser moeda de troca política.

Essa postura fere a noção de que um país precisa ser governado para todos os brasileiros, respeitando de forma especial as unidades da federação que mais contribuem para a arrecadação. Santa Catarina exige respeito. Não se trata de privilégio, mas de justiça federativa. Obras estruturantes, como duplicações, contornos viários e manutenções urgentes, não podem ser adiadas indefinidamente.

É necessário que o governo federal reveja sua posição e compreenda que investir em rodovias catarinenses significa investir no Brasil produtivo, competitivo e integrado. Ignorar essa realidade é comprometer a mobilidade do estado e, se não bastasse, a própria eficiência econômica nacional. Lamentável!

 

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