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Nossa casa – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

30/09/2025 - 07:09

É muito comum não reconhecermos o (bom) momento por que passamos. Depois de algum tempo, ou mesmo de inesquecíveis perdas, olhamos para trás e o limão que detestávamos não era limão, era uma limonada. Não esqueço de um camarada famoso da televisão, já falecido, que numa entrevista contou que se arrependia muito de não ter beijado mais a sua falecida mãe. Um arrependimento tardio, áspero, daqueles de nos fazer olhar para trás e nos mandarmos longe… Vale para muitas coisas na vida. Digo isso diante de uma manchete instigante, manchete que resultou de uma pesquisa feita por uma central de pesquisas ligada ao mercado da construção civil. A manchete diz que – “73% dos brasileiros vêem (agora) a casa da família de forma diferente por causa da pandemia”. Deixo os detalhes da pesquisa de lado, vou ficar só com a manchete. A pandemia do Covid-19, que produziu muitos divórcios, abriu os olhos de outros tantos. Tudo bem que a vida familiar tem muitas encrencas, ranços, discussões, vivências de nos tirar do sério, sabemos disso, mas… Não há outro lugar para nos acolher melhor quando o bicho-papão da vida nos ameaça do lado de fora. Conheço incontáveis casos de homens vagabundos, ordinários, que deram no pé, deixaram a família a se virar por ela mesma, filhos e tudo o mais… Passados alguns anos, ou muitos anos, velhos, enfraquecidos, esses mesmos ordinários querem voltar para casa, procuram os filhos ou mesmo, despudoradamente, as esposas que eles mandaram às favas. E por que fazem isso? Porque a nossa casa é a melhor casamata que temos para nos sentirmos protegidos. E essa casa, sinônimo de família, nada tem a ver com mansão ou uma casa de grande valor financeiro. O valor da nossa casa tem que ser o valor afetivo, o da nossa “segurança” junto a nossa família. Quem tiver essa luz na cabeça vai sempre pensar duas, três, mil vezes antes de sair batendo a porta e largar-se irresponsavelmente pelas ruas da vida. E depois, cretinamente, querer voltar. Nossa casa, tenha a pobreza que tiver, é a nossa fortaleza, a “mansão” onde o nosso sangue vai estar sempre disposto a ser doado. Agora, fique claro, é preciso pensar assim antes que um penoso arrependimento nos faça olhar para trás. Será tarde ou vergonhoso.

DEUS

Quem tem fé e segue os mandamentos da Educação Moral e Cívica não precisa sair de casa, afinal, quem já não ouviu que Deus habita em nós? A manchete a seguir (site Metrópoles) é de ordem jurídica policial: – “Quem é o pastor que faturou 3 milhões cobrando por milagres”. O cara foi identificado (mais um) e penso que deve estar preso. Fique claro: Deus não precisa de intermediários.

MILAGRES

Quem estiver à espera de um “milagre” em sua vida, tenha sempre na cabeça que Deus está dentro de nós, e que os “milagres” não são outra coisa senão nossa força máxima num credo positivo. Todas as doenças podem ser curadas por um “milagre”, o milagre de uma crença fiel, robusta, uma fé alicerçada na velha verdade: – “Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê”. E os “dinheiristas” que abram o olho, a “salinha dos fundos” está à espera deles…

FALTA DIZER

No meu tempo de narrador de futebol, jogador lesionado, fora do time, era pegado pelos cabelos se fosse visto numa festa, longe de casa… Hoje, muitos safados arrumam lesões para não viajar ou festar à noite, pintando e bordando. Contrato rompido ou “cadeia” com esses treteiros. Cabe às torcidas…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.