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Cenário desafiador para o governador

Por: Claudio Prisco Paraíso

27/09/2025 - 06:09

 

Jorginho Mello terá pela frente, nos próximos meses, um desafio a ser enfrentado, que é a composição da chapa majoritária a ser liderada por ele em 2026. Estava tudo mais ou menos alinhavado.
Esperidião Amin ficaria com uma vaga ao Senado. Aliás, algo em comum entre os dois está o fato de que ambos se elegeram ao Senado em 2018. Quatro anos depois se enfrentaram na disputa ao governo.
Amin acabou apoiando Jorginho contra Décio no segundo turno. Mas, ficou uma rusga. Que perdeu força com a formação da federação reunindo o PP e o União Brasil. Desse casamento, consolidou-se o nome de Amin.
Só que Jorginho Mello, há meses atrás, já havia dito que o nome do PL ao Senado seria o da recordista de votos Carol De Toni. Estava tudo acertado. A vaga de vice reservada ao MDB.

 

Goela-abaixo

Só que nesse meio tempo Jair Bolsonaro chamou Jorginho dizendo que Carluxo, o 02, desejava concorrer ao Senado em Santa Catarina. E que estava sendo indicado por ele, o ex-presidente. A outra vaga ficaria por conta de Jorginho.

 

Forte

Em tal contexto, o governador não poderia desprezar a federação batizada de União Progressista, sob pena dela buscar um outro caminho na composição majoritária da disputa ao governo em Santa Catarina.

 

Escanteio

Com isso, sobraria Carol, que iria à reeleição. Pelo menos foi o que afirmou o presidente nacional, Valdemar da Costa Neto, que transferiu a responsabilidade dessa solução para o governador que preside o PL catarinense. Estava criado o impasse. Até porque Flávio Bolsonaro, senador, respalda o encaminhamento.

 

Outra linha

A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, aponta para Carol De Toni. E o ex-presidente cacifou o filho, Carluxo. Ou seja, a própria família Bolsonaro está dividida, com Costa Neto lavando as mãos e Jorginho Mello tendo que conviver com essa situação.

 

Visitas

Na próxima semana, na terça-feira, será o dia da visita de Carol De Toni a Jair Bolsonaro, que está em prisão domiciliar na sua residência, na Capital federal. No dia seguinte, quarta, será a vez de Esperidião Amin. Ambos falarão sobre a situação do Senado em Santa Catarina.

 

Derrapada

Recentemente, o governador deu uma declaração infeliz, dizendo que Carol poderia concorrer por outro partido e depois voltaria para o PL. Esse outro partido poderia ser o Republicanos, que, aliás, também está sob comando de Jorginho Mello no estado.

 

Alvoroço

Ocorre que essa situação criou um sobressalto entre os Progressistas. Eles estão se perguntando: então a Carol vai para outro partido, ela e o Carluxo levam os votos bolsonaristas e Esperidião Amin fica na estrada? Se é uma coligação, precisa haver confiabilidade recíproca. Sob pena de passarem a impressão de que estão largando o atual senador pelo PP aos leões.

 

CNPJ

Porque o PL receberia o apoio da federação, se o acordo é apenas pró-forma? Considerando-se que o que se desenha é um jogo para eleger Carol fora da coligação. Na medida em que ela respaldaria também a candidatura de Jorginho Mello. O Republicanos tem como vice-presidente o irmão do governador.

 

Nuvens carregadas

O quadro não é dos mais tranquilos, há preocupação no ar. Se Jorginho Mello deixar transparecer a sensação de que uma candidatura alternativa de Carol De Toni por um outro partido é para enterrar precocemente a candidatura de Esperidião Amin à reeleição, aí pode estar o estopim de uma reviravolta.

 

Imolação

A única saída seria com o sacrifício de Jorge Seif, que vai ser julgado. Ele terá seu mandato avaliado pelo Tribunal Superior Eleitoral ainda este ano. Na eventualidade de ser cassado, Santa Catarina elegeria três senadores no ano que vem. Sendo que na vaga de Seif, em eleição suplementar, mas para um mandato de apenas quatro anos.
Carol De Toni poderia ser escalada numa solução dessa, assim contemplando os três nomes ao Senado.

 

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