Em apenas 12 meses, as estatais brasileiras acumularam um déficit de quase R$ 9 bilhões. Um prejuízo que não surge por acaso: é resultado de má gestão, ingerência política e aparelhamento ideológico.
E, como sempre, quem paga essa conta é a população.
O governo tenta justificar as perdas com o argumento de “investimentos estratégicos”. Mas os números mostram outra verdade: falta transparência, sobra desperdício, e as estatais se transformaram em cabides de emprego e instrumentos de barganha política.
Enquanto isso, a vida real do brasileiro segue marcada por carências básicas. Faltam médicos nos postos de saúde, professores continuam mal remunerados, e a segurança pública está aquém do necessário. O que deveria ser prioridade — saúde, educação e segurança — é deixado de lado, enquanto bilhões são torrados em empresas ineficientes.
Na iniciativa privada, a regra é simples: se dá prejuízo, fecha. No setor público, o prejuízo é repassado ao povo. O caso dos Correios é simbólico: só no primeiro semestre de 2025, a empresa acumulou R$ 4 bilhões em perdas — quatro vezes mais do que no ano anterior. A incompetência não apenas continua, como cresce.
É o trabalhador que sente o peso dessa irresponsabilidade. Não se trata de números frios. É a costureira que passa noites em claro para sustentar a família. É o motorista que roda quilômetros em busca do pão de cada dia. É o pai e a mãe que precisam escolher entre pagar o aluguel ou comprar roupa para o filho que cresce.
Essas pessoas sustentam uma máquina pesada e ineficiente. Por elas, é preciso cobrar mais responsabilidade na gestão do dinheiro público. Quem está na vida política não pode defender estruturas, partidos ou interesses de grupos. Deve defender, acima de tudo, o cidadão comum.
Esse é o compromisso verdadeiro: garantir que cada real arrecadado em impostos seja usado com seriedade, competência e respeito. O Brasil não aguenta mais pagar pela incompetência de governos que insistem em transformar estatais em instrumentos de poder, em vez de cumprir sua função de cuidar das pessoas.