A pesquisa eleitoral da Neokamp, realizada nos dias 22 e 23 de setembro em 76 municípios catarinenses, mostra que o eleitorado de Santa Catarina mantém sua tendência conservadora e alinhada à direita no cenário da disputa presidencial de 2026. O levantamento ouviu 1.008 pessoas, com margem de erro de 3,1% e índice de confiança de 95%.
Na intenção de voto estimulada, Flávio Bolsonaro (PL) aparece em primeiro lugar com 37,3% das preferências, confirmando a força do sobrenome Bolsonaro no estado. Em segundo lugar está o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 21,3%, seguido de perto pelo governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), que registra 19,4%. Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás, soma 5%. Outros 11,1% não souberam responder e 5,9% votariam em branco ou nulo.
Nos cenários de confronto direto, a vantagem da direita sobre Lula é ainda mais expressiva. Contra Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo, Lula teria apenas 23,4% das intenções de voto, enquanto Tarcísio alcançaria 60,4%, índice que lhe daria vitória já no primeiro turno entre os catarinenses. A diferença se amplia quando Lula é comparado a Ratinho Jr. (PSD): o paranaense teria 67,4% contra 23,2% do petista.
INTENÇÃO DE VOTO PARA PRESIDENTE
E para presidente do Brasil, em quem você votaria?
- Flávio Bolsonaro (PL) – 37,3%
- Lula (PT) – 21,3%
- Ratinho Jr. (PSD) – 19,4%
- Ronaldo Caiado (União) – 5,0%
- Não sabe – 11,1%
- Branco ou nulo – 5,9%
LULA X TARCÍSIO
E entre Lula e Tarcísio de Freitas, em quem você votaria?
- Tarcísio (Republicanos) – 60,4%
- Lula (PT) – 23,4%
- Não sabe – 8,0%
- Branco ou nulo – 8,3%
LULA X RATINHO JR.
E entre Ratinho Jr e Lula, em quem você votaria?
- Ratinho Jr (PSD) – 67,4%
- Lula (PT) – 23,2%
- Não sabe – 4,0%
- Branco ou nulo – 5,4%
A pesquisa confirma a forte rejeição a Lula no estado e consolida Santa Catarina como um dos principais redutos eleitorais conservadores do país. A presença de Flávio Bolsonaro na liderança, aliada ao bom desempenho de Ratinho Jr. e Tarcísio, reforça a dificuldade da esquerda em recuperar espaço no cenário catarinense, mesmo diante da diversidade de nomes na corrida presidencial.